Verdade
Casa silenciosa. Sábado numa tarde de outono. Quase frio ou ainda algum calor. Gosto de chegar a casa. De preferência de dia. E de ficar sem tempo contado. Ver flores da janela, o pátio com muita luz, a mesa da sala sempre com alguma coisa para começar, continuar ou acabar.
A casa é o espaço onde sou mais verdadeira. Comigo própria e com os outros. Onde paro mais um bocadinho para olhar à minha volta e para dentro de mim. Lugar onde procuro calor quando tudo arrefece e frescura quando tudo parece esquentar.
É outono e a casa apetece.
Às vezes, as casas também traduzem uma grande solidão, um vazio cheio de ausências. Quando ficamos sós em casa, apetece relembrar muitos momentos passados povoados de sons, mesclados de alegrias e de tristezas, de ais angustiados ou simplesmente de risos que soltaram alegrias incontidas.
ResponderEliminarÀs vezes, sentimo-nos assim, com todo o peso da casa em cima de nós.
Melhor será procurar preencher esses grandes espaços domésticos com novas/outras presenças, ainda que revestidas de rostos fugidios, presentes e ao mesmo tempo ausentes, diferentes em tudo dos que habitaram, ao tempo, as mesmas casas.
Belo comentário.
ResponderEliminarObrigada.
Abraço.
M.