13 de outubro
Querido diário,
A minha mãe, ontem, chegou contente e com vontade de falar da reunião. A minha mãe diz-me que eu, quando entro em casa, tenho sempre coisas para contar, mas acho que saio um bocado a ela. Quando ela fica à mesa com alguém desconhecido, e que fala pouco, arranja sempre conversa. Eu até lhe digo assim: ó mãe, é fixe ficares na mesa, senão ficávamos calados a olhar uns para os outros. E a minha mãe responde logo: olha quem fala. A melhor amiga de uma das minhas irmãs também é assim. Tem sempre coisas para contar e eu gosto de ouvir.
A minha mãe disse que vinha satisfeita da reunião com a Dê Tê. Até disse: parece querida e empenhada. Hoje, a Joana disse a mesma coisa na aula à Dê Tê je ela ogou um bocado à defesa e disse assim: o melhor é não porem a fasquia muito alta, porque pode haver alguma deceção.
A minha mãe contou que a Dê Tê levou um guião para a reunião e pôs um poema também. No final da reunião, perguntou quem queria ler o poema e a mãe da Rute ofereceu-se. Depois da leitura, alguns pais disseram que ela tinha lido bem. Ela sorriu de contente e disse que já não lia um poema há vinte anos.
Fogo. Será que eu também vou ser assim? Eu não sou capaz de estar sempre a estudar. Faz-me doer tudo (a minha mãe diz-me que são os bichos carpinteiros que entram em ação), mas de ler gosto. E ainda mais se não for obrigada.
Ando a tentar ser mais disciplinada e agora marco as páginas que quero ler por dia. A minha mãe já me disse: Mariana, tens de fazer o mesmo para os livros de estudo.
É assim: a gente quer dar a mão e pedem logo o braço todo. Não acho nada bem.
Bem, até amanhã, meu amigo.
Mariana
Parabéns pelo blog....
ResponderEliminarcontinue a brindar-nos com este maravilhoso diário que nos faz recordar os momentos da nossa adolescência.
Muitos Beijinhos.
Márcia Azevedo
Obrigada pelas palavras. Este é o melhor brinde para quem escreve por gosto, nem que sejam textos simples.
ResponderEliminarUm beijinho
M.