Hoje, tive de sair cedo, ainda que por pouco tempo (que bom poder dormir mais uma hora!), e aproveitei para comprar pão fresco. Cheguei a casa com o pão ainda quentinho. Fiz café com leite, barrei o pão com manteiga e juntei compota feita por mim (sei que engorda, mas como era domingo…). Confesso que me soube muito bem. E também foi bom tomá-lo devagar. A televisão estava ligada mas sem passar desgraças, nem berros de telenovelas ou ruidosa publicidade. No canal que escolhi, estava a dar um programa sobre diferentes religiões e as pessoas falavam com convicção e serenidade.
Terá isto tanta importância que me leve a gastar tempo e escrever um texto? Para mim, tem o interesse das coisas simples. Sem elas, a vida seria quase um deserto. Julgo que se estamos à espera de grande e prolongada felicidade, cairemos no abismo da tristeza e de maior depressão. A não ser que usemos a estratégia do fingimento ou da imaginação.
Hoje, domingo, e até agora, assisti a outras coisas simples: vi uma criança de olhos azuis a sorrir feliz com a oferta de um ovo kinder, uma idosa quase analfabeta a ser ajudada para ver os preços do leite no supermercado, o homem dos jornais a oferecer uma revista que sabia agradar à cliente porque outro freguês só tinha querido o jornal, um olhar atento perante uma jarra com flores bonitas em homenagem de alguém…
Feliz domingo com coisas simples e boas! Também podem ser simples castanhas assadas!
Gostei muito deste texto.
ResponderEliminarObrigada, Gábi
ResponderEliminarTambém gosto muito dos teus textos - curtinhos ou longos.
Beijinho
M.