Querido diário,
12 de setembro
Eu sei que a partir de hoje muitos alunos e professores começam a ir para a escola. Eu ainda vou ficar mais uns dias. Que bom. Pra mais a escola está toda em obras. Vamos ter aulas em contentores. Que seca. Até já ouvi dizer que a gente vai ouvir o que se passa na sala ao lado. Se ao menos forem assuntos de que eu goste… O pior é se são coisas que eu detesto. Ou se os professores se passam por causa do barulho de fora e de dentro. Coitados, não queria estar na pele deles. E alguns já são um bocado cotas. Quando as minhas irmãs andavam na escola e tinham as aulas de apresentação, a minha mãe perguntava: então, como são os vossos professores? E elas: já têm uns quarenta e tal anos. A minha mãe dizia com ar crítico: Já?! Tenho tido profs fixes e já cotas. Eu sei que agora as minhas irmãs já não reparavam nisso porque, como a minha mãe diz, a vida vai passando e a gente vai evoluindo.
O que me interessa é que hoje ainda continuo de folga. Bem preciso. Daqui a dois, dias lá tenho, de manhã cedo, a minha mãe à pega: Mariana, levanta-te, são horas de ires para a escola!
Até amanhã, meu grande amigo
Mariana
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