Em muitas escadas ou tapetes rolantes, é comum verem-se pessoas que barram a passagem, esquecendo que outros têm necessidade de se deslocarem mais depressa.
Assim, veem-se barreiras com um par de namorados que se beija; pessoas a conversar animadas e distraídas; grupos que nem se movem sem reparar sequer em quem vem atrás...
Também já tive estes comportamentos algumas vezes. Julgo que só comecei a encostar-me à direita quando, viajando, vi que, noutros países, quase toda a gente tinha o hábito de o fazer e que era bom para todos que assim acontecesse. Deste modo, quem quer ir mais devagar pode fazê-lo; quem quer ou precisa de andar mais depressa tem o espaço livre.
Lembro-me de ver, numa manhã e numa belíssima estação de metro em Moscovo, as pessoas subirem as escadas à pressa, refilando com quem se mantinha à esquerda, impedindo a passagem.
As viagens ensinam muitas coisas, mas também aprendemos com o uso dos bens que, felizmente, estão acessíveis a todos e que existem em qualquer cidade.
Por que será que, muitas vezes, só nos lembramos do que nos apetece na hora, esquecendo a vontade e as necessidades dos outros?
Ontem falámos de escadas rolantes, mas, se calhar, é preciso falar mais vezes.
- Nada mais existe a não ser eu e tu - diz o beijo que os amantes trocam na escada rolante.
ResponderEliminar- Houve, outrora, uma época de inocência. Quem dera voltasse! - diz a mulher`que sobe a escada rolante.
- Onde estou eu?
Quando quiser passar e não puder, pensarei, então, nesse lado romântico de quem forma a barreira e até terei mais paciência!
ResponderEliminarUm beijinho
M.