Quando ele aparece, ela muda logo de canal. Não suporta a sua forma de olhar, de falar, de querer fazer de conta que diz verdades e apenas diz falsidades. É uma espécie de casa dos segredos com um grande polvo em forma de guarda-chuva.
Ele é ministro, comprou o curso, tem o poder de pôr na rua quem com ele não diz amen, mexe livremente os cordelinhos para vender ao desbarato bens que são de todos os portugueses... Ele é o ministro desempoeirado, que às vezes aparece de camisa aberta com ar de aldrabão e desenrascado. Fala tanto e age tão telegraficamente que a mentira e a verdade ficam completamente baralhadas.
É Miguel Relvas, se o nome que deu é verdadeiro. E nós, pacatos e brandos, lá vamos aceitando que ele e quejandos preparem o seu próprio e dourado futuro, enquanto ficamos à espera de melhores dias. Enquanto isto, pagamos impostos, temos as coisas mais caras, descremos, temos medo, perdemos a esperança...
Ah, e muitos muitos não só mudam de canal mas também mudam de país.
E lá está a atualidade do polvo com Padre António Vieira! É triste ver que há políticos que se julgam tão superiores, tão imprescindíveis que nem reparam como já não têm qualquer crédito nem no que digam nem no que façam!
ResponderEliminar"Oh triste e vil tristeza!"
Olá, Vítor
ResponderEliminarCada vez me convenço mais que se os escritores fossem ouvidos/lidos com alguma atenção, o mundo seria melhor e muitos políticos nem sequer teriam a ousadia de se candidatarem a cargos públicos.
Mas tal (ainda?)não acontece. E reitero: "Oh triste e vil tristeza!"!
Muito bem dito, Dolores.
ResponderEliminarMesmo com tantas vozes a dizer o mesmo, os comportamentos de alguns políticos (caso do sr Relvas) não mudam. Será isto um sinal do (anunciado) fim do mundo?
ResponderEliminarAbraço
M.