quarta-feira, 31 de outubro de 2012

Almoçar só: eis a questão

Na escola, há dias em que o tempo de almoço para os professores é de 45 m. Assim sendo, come-se uma sandwich no bar, almoça-se na cantina ou "vai-se lá fora", mas sempre a correr.

Pois bem, como o tempo é pouco e comer coisas saudáveis e económicas também é importante, alguns professores trazem comida de casa. Transportada nas célebres, coloridas e polivalentes tupperwares. Depois, se necessário, há micro-ondas para aquecer a sopa e aconchegar o estômago. Para não falar do maior prazer que dá comer comida quentinha. O prazer pode ser pequenino, mas se o juntarmos a outros também se aquecem os dias.

Um grupo de professores (acho que éramos só professoras, porque as professoras voltam-se mais para estas coisas) falava sobre isto e uma delas referiu que, apesar de gostar muito da companhia de colegas, também lhe sabia bem comer sozinha e em silêncio. Era um momento de paragem e de tempo só para ela.

Lembrei-me também de uma professora universitária que dizia que, mesmo em dias de congressos ou colóquios, se afastava um pouco à hora do almoço para poder estar sozinha. Só assim ficava mais concentrada e disponível para os restantes trabalhos do dia.

E também me recordei de outra pessoa que dizia ter boas ideias quando parava um pouco a meio doa dia e podia desfrutar do silêncio. Até a mente se tornava mais ativa e criativa.

Para não falar de uma amiga que, em tempos de juventude e de campos de férias, comia sempre em silêncio, porque só assim podia saborear os alimentos. Causava espanto a quem estivesse próximo, punham-lhe questões, mas só respondia no final da refeição.

Eu, como vejo muitas coisas (o que às vezes é mau) por um lado/por outro lado..., também aqui assim acontece.

Bom almoço.

Sem comentários:

Enviar um comentário