terça-feira, 16 de fevereiro de 2021

Notas dos dias que vivemos

 

Trigésimo terceiro dia

 

1. Comecei a ler o livro de Luís Sepúlveda:  História de um caracol que descobriu a importância da lentidão, escrito, segundo o autor, para responder a uma pergunta de um neto: 'Por que razão o caracol é lento?' Não acabei, mas também não faz mal, fazendo jus ao título. A introdução é muito engraçada e as ilustrações, muito bonitas.


2. Terminei, ontem à noite, dois textos que mandei para o Concurso 'Textos de Amor' do Museu Nacional da Imprensa. Por mais pequeno que seja, nestes casos, custa-me sempre concluir. Ou porque falta alguma coisa, ou tem coisas a mais, ou está piroso, ou já não gosto, ou não tem interesse, etc, etc, etc. Depois, lembrei-me do que uma professora, que tive há muitos anos, dizia: 'Chega-se a uma certa altura e o que está está'. Por isso, depois de muita alteração e correção, lá mandei. Assim, não penso mais no assunto. 

Ainda se podem mandar Textos de Amor até amanhã: http://museudaimprensa.pt/?go=semananamorados

3. Hoje fui com a minha mãe à primeira toma da vacina Covid-19. Para já, um acontecimento nas nossas vidas para que a vida não seja tão facilmente interrompida. Fomos ao Multiusos de Gondomar, um vasto espaço (do arquiteto Siza Vieira) com muito boas condições. A grande maioria dos utentes, que iam chegando para a vacina, eram idosos e vinham acompanhados de familiares mais novos. Alguns reconheciam outros, ficavam contentes e com muitas novidades para contar, o que também faz bem à saúde.

4. Também lá encontrei uma pessoa que eu conhecia e que acompanhava um familiar. Como não o via há muito tempo, perguntei: 'Então, a esposa?' Respondeu-me depois de uma ou duas pausas: 'Pois, estamos separados há cinco anos'. Rematei como pude, enquanto me ia lembrando que o melhor, de facto, é não fazer perguntas como a que fiz, ou outras tão ou mais inconvenientes: 'Então o bebé está para quando?', ficando a saber que o queriam, mas sem o conseguir! Ou outra também muito má: 'Que bom, vai ser mãe!', sendo logo esclarecida: 'Não estou grávida. Tenho é engordado bastante!' Desta vez, só fiz a primeira, felizmente, senão teria de tomar uma dose de sensatez!!!

 

8 comentários:

  1. Um dia muito ocupado. Boa sorte no concurso; o esforço de apurar um texto feito com alma, vale sempre. E enriquece quem o lê e quem o faz.
    Boa tarde.

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  2. Muito bem. Há que não dar em doida em casa!
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    Vagueiam sonhos da minha ilusão
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    Beijo e um bom dia (de carnaval, em casa)!

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    1. Não convém, não. O que vale é que podemos fazer coisas variadas e interessantes em casa.
      Um beijinho

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  3. Obrigada, Bea, é mais o gosto da escrita do que a vontade de vencer, porque, neste e noutros concursos, há muita concorrência, muitas subjetividades e gente muito criativa que escreve muito bem.
    Bom fim de tarde.

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  4. Existem perguntas que realmente não se devem fazer: " Olha o grande amigo. Ao tempo que não vejo o teu pai. Dá-lhe um grande abraço
    Resposta: Pois o meu pai faleceu há dois anos.
    .
    Saudação poética
    .
    Pensamentos e Devaneios Poéticos
    .

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  5. Sim, esta situação também já a vivi, ou ouvindo ou dizendo o que conta. É logo um embaraço para remediar, mas acho que ninguém escapa a isto, mesmo sendo-se discreto.
    Uma tarde calma e feliz!

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  6. Olá :D
    Aqui estou numa loucura. Desempregado e participando de processo seletivo de mestrado.
    Vida que segue.

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  7. Olá, Calebe. Nada de desânimo. O mestrado vai abrir novas portas, com certeza, e a vida vai seguir bom caminho.
    Um abraço

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