sexta-feira, 22 de janeiro de 2021

Diário do meu confinamento

 

 Oitavo dia

 


Esta planta, cujo nome desconheço, veio 'bebé' para minha casa e tem crescido bastante. Gosto muito desta planta. Remete-me para a ideia de liberdade, de luz, de espaço, de resguardo...

Ontem à noite, o vento soprava tanto que parecia o ribombar de trovões. Vi que era 'apenas' vento, o que não já não era pouco. Desde criança que tenho medo da trovoada. Nessas alturas, era um alívio ouvir o meu avô, com os seus olhitos azuis, pequeninos e matreiros, dizer que a trovoada estava por cima de nós, mas logo ia passar. E não é que passava mesmo. Ou então era o medo que passava.

Fecharam as escolas. Parece que não havia alternativas, perante o galopar desenfreado do vírus. Chovem críticas, mesmo de muitos que não queriam vê-las abertas.

Muitos pais não sabem como entreter os filhos em casa. Porque são como as plantas que crescem em busca de liberdade, de luz, de espaço, de resguardo...

 

 

10 comentários:

  1. Olá Mariana, tudo bem?

    1) Esta planta conheço como Samambaia-chifre-de-veado (espécie do gênero botânico Platycerium, Família Polypodiales);
    2) Também tenho medo de trovoadas, aqui onde moro há tormentas violentas, tornados, e teve até furacão. Sou medroso hehe.

    Abraço e tudo de bom,
    Calebe Borges

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    1. Obrigada, Calebe, pelo nome completo da planta. E há tantas plantas e árvores à nossa volta. Anónimas, silenciosas, mas cada vez mais necessárias.
      Imagino essas tormentas. O que vale é que 'depois da tempestade vem a bonança!'
      Um fim de semana feliz.

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    2. Muito obrigado e igualmente.
      Plantas são minha paixão, por isso venho me especializando cada vez mais nelas.
      Abraço e excelente semana :D

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  2. Gostei da comparação flor / crianças. Sem dúvida que super assertiva. A Pandemia "nasceu" para matar e parece que muita gente ainda não se convenceu disso...infelizmente.
    .
    Pensamentos e Devaneios Poéticos
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    Cumprimentos.

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    1. É verdade e chovem os apelos para que as pessoas fiquem em casa, quando não tiverem a obrigação de sair. Acho que as pessoas começam a ouvir os apelos. Temos mesmo de os ouvir e ficar em casa.
      Feliz e poético fim de semana.

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  3. Adorei o seu texto!
    Hoje começou a minha faina. Não mesmo, não sabemos como entreter filhos/netos. Dado que as idades e capacidades são diferente. A mais velha com 16 (especial) uma com 12, e um com quase 4. Tem dias que são uma autentica batalha campal, lool . Claro, a mãe tem de trabalhar e eu/avó é que tomo conta deles, dado a minha disponibilidade .
    As coisas não estão fáceis para ninguém!

    *
    Há prosas que contam estórias
    *
    Beijo, e um excelente fim de semana.

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    1. Pois, Cidália, não deve ser fácil, mas as mais velhas já não darão o mesmo cuidado que o mais pequenino. E desfrute porque lhe devem dar muitas alegrias. Para já, tenho uma neta de cinco anos, mas como está longe, 'estou' com ela às vezes pelo skype e assim os pais, que estão em teletrabalho, podem relaxar um bocadinho. A outra avó faz o mesmo, da Califórnia, onde vive.
      Realmente, os tempos estão diferentes e os desafios são cada vez maiores para todas as idades.
      Um beijinho e um feliz fim de semana.

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  4. Fecharam as escolas e foi um dia de "muitas perguntas".
    https://carruagem23.blogspot.com/2021/01/dia-de-muitas-perguntas.html
    Aguardemos pelo que o futuro trará!
    Protege-te!
    Beijinhos.

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  5. Já 'entrei' na Carruagem 23 e obrigada, Vítor, pela partilha. É belíssimo o teu post.
    Pois, um professor que se interroga, que ouve interrogações dos alunos em tempo também de muitas interrogações, e que refere até uma 'estratégia de sobrevivência'.
    Como te disse no comentário, vou tentar pô-la em prática.
    Feliz fim de semana, onde não falte maresia.

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  6. Obrigado, amiga.
    O mesmo para ti, a triplicar (que bem mereces)!
    Beijinho.

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