domingo, 17 de janeiro de 2021

Diário do meu confinamento

 

Terceiro dia

Hoje cabia-me a mim ficar com a minha mãe. Quando saí de casa, estava frio, havia geada e pouca gente circulava na rua.

Depois, lá em casa, foi o costume, felizmente. Digo assim, porque, agora mais do que nunca, quando a rotina se mantém e não há sobressaltos, é ótimo. 

Preparei o nosso almocinho e, como era domingo, fiz assado. 

 Para a minha mãe, domingo sem assadinho é como não ouvir a missa, que não dispensa.

Hoje era transmitida da ilha Terceira nos Açores, aonde eu gostava de um dia voltar. Quando se virem de novo os sorrisos, não revelados apenas pelos olhos. Fica a ideia. Ou o sonho?

Uma das notícias que ontem mais me chocou foi ver uma fila de ambulâncias à porta da Urgência de um hospital de Lisboa, com as aflitivas luzes intermitentes, a sinalizarem muitos doentes covid-19 em espera. Minutos antes, tinha visto outras imagens com muitas pessoas a passear descontraidamente junto ao mar, sem distância social e sem máscara. 

Não, não acontece só aos outros.

Vejo agora, pela notícias, que muita gente aderiu ao voto antecipado. Um bom sinal, penso eu. Porém, é dito na mesma peça que as pessoas não se afastam como se deveriam afastar.

Também estou inscrita para o voto antecipado, mas não queria ir para a fila.

Enquanto espero, vou ver se tenho bâton vermelho!!!!


4 comentários:

  1. Muito bem.
    Acho que muita gente não vê notícias, daí estarmos cada vez pior. Pensam que só acontece aos outros.
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    Penso, nos raios de luz que acolhem
    -
    Beijo, e um excelente Domingo. :)

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  2. Mas custa-nos muito convencer que não acontece só aos outros!
    Um beijinho e uma noite descansada.

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  3. O desrespeito e caos está em todo o mundo, uma pena... a empatia têm perdido espaço.

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  4. Felizmente também há muita gente que respeita as regras, respeitando a sua vida e a dos outros. Mas ainda há, infelizmente, muita gente distraída.

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