segunda-feira, 1 de março de 2021

Quadragésimo sexto dia

 

Diário à espera de melhores dias

 

Nota 1. Eu estava no computador e com a televisão ligada, mas sem som. Olhei de repente e vi esta legenda:

'Quando fecho um livro, não sou a pessoa que era quando o abri'. 

Quem diz isto? - logo quis saber. A imagem era de um jovem - jogador de futebol do Rio Ave. Isto é verdade? - interroguei-me, porque faço parte do grupo que, apesar de gostar de futebol (ou melhor, gosto que o meu clube ganhe), ainda tem o preconceito - errado como qualquer preconceito - de que os jogadores de futebol não leem, dizem 'póssamos' em vez de possamos, 'houveram' em vez de houve...

Mas como o que parece nem sempre é, o melhor é ver para crer:

 

Nota 2. Mais palavras para quê depois destas palavras? A casa onde Francisco Geraldes fala é a Casa Museu de José Régio (poeta, escritor, professor, colecionador), 1901/1969, em Vila do Conde. Vale a pena visitar e depois dar um passeio no largo passeio, que vai até à Póvoa de Varzim, junto ao mar - quando se puder, é claro. Ah, também há esplanadas muito agradáveis.


Nota 3. Às vezes, critico-me a minha própria por não desligar a televisão. Desta vez, valeu a pena mantê-la ligada. O Geraldes merece mesmo os parabéns! E também quem o convidou para dar o seu testemunho de bom leitor. Assim, os dias até parecem melhores dias!

 

6 comentários:

  1. Adorei a publicação. Até para escrever tenho sempre a TV ligada, embora baixinho!! :)
    Achei a citação muito interessante!
    *
    Um brinde a mais um dia vivido, ao sol posto
    *
    Uma excelente semana
    Beijo

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    1. Olá, Cidália. Eu, quanto a mim, prefiro estar em silêncio nesse tipo de trabalhos, mesmo a música prefiro ouvi-la depois.
      Um beijinho e bom fim de tarde.

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  2. O Francisco, pelo que ouvi no vídeo, é um leitor e tanto. Conhece Hanna Arendt e a banalidade do mal; o principezinho; e trouxe dois bons livros para escolha dos leitores, Perto do coração selvagem de Clarice Lispector e, de John Steinbeck, Homens e ratos. Julgo que ser futebolista só ajuda a divulgação da leitura. Porque, talvez também por preconceito, estou crente que haverá muito futebolista que não lê livros. Mas é que gostei de assistir à excepção. Se for regra? Tanto melhor para eles e quem os rodeia ou sofre a sua influência; os livros tornam-nos mais tolerantes e compreensivos. Até compassivos. suponho.

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  3. Obrigada, Bea. Estes testemunhos não são comuns, ou, pelo menos, não são conhecidos. E, como o Francisco parece simpático, exprime-se muito bem, fez uma boa escolha dos temas e dos livros e está ligado a um mundo que fascina, pode ser que mais jovens e adultos se deixem seduzir pelo exemplo. Oxalá que sim.
    Um bom fim de tarde, Bea.

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  4. Muito interessante gostei muito e o seu blos é muito bonito um bjo.

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