sexta-feira, 31 de maio de 2019

Em Gent, na Bélgica

Estive uns dias em Gent, na Bélgica e gostei muito.
A zona antiga e histórica está muito bem preservada e são mais as bicicletas do que os carros. A circulação automóvel é muito limitada.
Os transportes públicos ajudam na qualidade de vida das pessoas
e da própria cidade que é bonita e calma.
Parece ser um bom exemplo urbano. Claro que passar uns dias num local não é o mesmo que viver lá muito tempo, mas penso que estas impressões não são enganadoras.
Sobretudo ao fim da tarde e à noite, as esplanadas e os pequenos restaurantes estavam cheios de pessoas tranquilas e animadas. 
Nas mesas, reluziam os copos de cerveja local. 
Também gostei muito de ver muitos grupos de crianças  que, com os seus professores,
visitavam sítios emblemáticos como a Catedral Saint Bavo.


A catedral





A biblioteca
O apelo do rio e suas sombras
Havia muita oferta musical

Olá, bom dia!

Confesso que já tinha saudades de me sentar, abrir o computador e partilhar algumas coisas dos meus dias.
Hoje, enquanto regava as minhas flores e a minha horta, ia pensando nisto e em muitas outras coisas, é claro.
Está muito calor e, nos últimos dias, muitas notícias houve e, como quase sempre acontece, não eram nada boas: violência doméstica, crianças maltratadas, corrupção, ganhos astronómicos indevidos, aldrabices, ganância...
E, enquanto isso, as flores continuaram a florir o mês de maio, as alfaces e os repolhos continuaram a crescer, as ruas foram percorridas por muitos e honestos cidadãos, na caixa do correio entrou a conta do IRS porque quem tem pequenas contas tem de pagar as suas contas!...
Pois, das coisas más nem valerá a pena falar muito, porque os media a elas dedicam tempos infinitos, para uns, necessários; para outros, nefastos.
Falarei de outras coisas, para mim, mais simples, mas sem esquecer os males que afetam a Humanidade e, tantas vezes, provocados por meia dúzia de pessoas a quem puseram nas mãos as chaves do poder.
Mas, antes de mudar de página, bom dia, mais uma vez.


domingo, 19 de maio de 2019

sábado, 18 de maio de 2019

Há alertas menos urgentes!


Conversa ao pé da porta


- Quando estou muitos dias sem escrever, 
  começo a ficar triste.
- A sério? E para quem escreve?
- Boa pergunta. Espero sempre que não seja só para mim.





Algumas imagens do desfile de escolas de Valbom

Foi na tarde do dia 14 de maio que desfilaram, da escola secundária de Valbom 
até à Fundação Júlio Resende,
os trabalhos que muitos professores, alunos e encarregados de educação
elaboraram, em diferentes escolas do Agrupamento, sobre o tema 'Viagem e multiculturalidade'.
Era nítido o trabalho de alegre e boa colaboração, 
assim como o envolvimento de uma grande comunidade.
Felizmente há escolas assim!
Estas boas iniciativas deveriam ser mais conhecidas 
para que não se tornem 
cada vez mais raras!

Tal como o cartaz abaixo indica, os trabalhos encontram-se expostos
na Fundação Júlio Resende. 
Merecem a visita. 
Ainda não o fiz, mas não quero perder a oportunidade.



quinta-feira, 9 de maio de 2019

Belas viagens!


quarta-feira, 8 de maio de 2019

Da Secundária de Valbom ao Lugar do Desenho

Na tarde da próxima terça-feira, dia 14 de maio, a Escola Secundária de Valbom vai organizar um cortejo até ao Lugar do Desenho, em Gramido, Gondomar.
O tema são as viagens multiculturais e os materiais produzidos, e que vão ser divulgados, resultaram de um longo trabalho da Comunidade Educativa.
Os materiais ficarão expostos no Lugar do Desenho. Merecem uma visita, assim como todo o Lugar que, apesar de não ser grande, mostra trabalhos de grandes artistas.

Num tempo em que se fala tanto de cansaço (e com razão) de muitos professores, é fantástico ver a dedicação de tantos profissionais.




segunda-feira, 6 de maio de 2019

Uma boa comunicação


Nota - O Lugar do Desenho situa-se em Gramido, Gondomar

Conversa ao pé da porta

- Olá, professora. Lembra-se de mim?
- ...
- Sou o António.
- Sim, sim, lembro-me. Parece que estou a vê-lo na sala de aula.
- Reconheci-a logo. Está tudo bem consigo?
- Sim, obrigada... 

Despedimo-nos com dois beijinhos. E lá foi passeio fora a mancar pelas pernas frágeis. 
Tal como antigamente nos corredores da escola. Tal como a memória que tantas vezes é frágil.

sábado, 4 de maio de 2019

Dia(s) da(s) Mãe(s)

 
Cristina Gauer


"Mãe, tenho pena. esperei sempre que entendesses
as palavras que nunca disse e os gestos que nunca fiz.
sei hoje que apenas esperei, mãe, e esperar não é suficiente. 

pelas palavras que nunca disse, pelos gestos que me pediste
tanto e eu nunca fui capaz de fazer, quero pedir-te
desculpa, mãe, e sei que pedir desculpa não é suficiente. 

às vezes, quero dizer-te tantas coisas que não consigo,
a fotografia em que estou ao teu colo é a fotografia
mais bonita que tenho, gosto de quando estás feliz. 

lê isto: mãe, amo-te. 

eu sei e tu sabes que poderei sempre fingir que não
escrevi estas palavras, sim, mãe, hei-de fingir que
não escrevi estas palavras, e tu hás-de fingir que não
as leste, somos assim, mãe, mas eu sei e tu sabes.?"

José Luís Peixoto, in "A Casa, a Escuridão"

'mãe, eu sei...'

Postal enviado pelo Clube das Histórias


'mãe, eu sei que ainda guardas mil estrelas no colo.
eu, tantas vezes, ainda acredito que mil estrelas são
todas as estrelas que existem'.
José Luís Peixoto

Poema Fala de Mãe e Filho


“Meu filho:
onde vais
que tens do rio o caminhar?”

Não espreites a estrada, mãe,
que eu nasci
onde o tempo se despenhou.

“Meu filho:
onde te posso lembrar
se apenas te dei nome para te embalar?”

Mãe, minha mãe:
não te pese saudade
que eu voltarei sempre
como quem chega do mar.

“Meu filho:
onde te posso nascer
se meu ventre seco
nunca ninguém gerou?”

Mãe, nascerás sempre
na pedra em que te escuto:
a tua ausência, meu luto,
teu corpo para sempre insepulto.

Mia Couto

sexta-feira, 3 de maio de 2019

'Verifiquei que a Madalena sou eu...'

'Não gosto nada de blogues... o amigo Vítor já sabe!
No entanto, visito a carruagem, sempre que posso...e partilho a opinião de Dolores Garrido: vale a pena!
Lá, encontramos sugestões feitas de experiências conseguidas, opiniões muito válidas e uma humildade apoiada em conhecimento sólido. Por isso, a Carruagem 23 é o único blogue que conheço.
Mas porque a vida é feita de esperas, encontros, desencontros e reencontros, partilhas e confidências, aconteceu chegar-me às mãos um livro com o título 'A VELHA CASA e outros dias', e com uma dedicatória - «Fev.º 2019 - Para a Ana Rosa com um beijinho - Dolores Garrido». Foi o meu amigo Vítor que mo deu. Olhei para a contracapa e reconheci o rosto da autora, era-me familiar... Vou ler!
Folheando ao acaso, li, no espaço dos agradecimentos da última página, outro nome que conheço dos bancos da FLUP: Ana Cardoso. E assim a teia se foi construindo...
À medida que me ia embrenhando na velha casa, em A Ver O Rio e ia viajando até Paris, verifiquei que a Madalena sou eu... que quem escreveu este diário fui eu... Desculpe-me Dolores! Eu explico:
Amor pelos livros e pelas arrumações, sou eu a autocaracterizar-me. Tento, em cada dia, reconhecer o que de bom me acontece na vida, quero estar satisfeita, mas...zás, aparecem os contratempos, parece que a vida não quer que eu me sinta bem! Também sou o centro de uma sanduíche, tenho os meus pais que precisam de mim e uma filha que também precisa (embora esta nem sempre o saiba, da altura dos seus 22 anos). O carinho pelos meus alunos, a troca de mensagens com eles, o orgulho que sinto de os ter ajudado a serem quem são, a escola que circula nas minhas veias, porque é inseparável de mim, são aspetos que reconheci em Madalena. O prazer numa curta conversa e o olhar atento a quem nos rodeia e a quem connosco partilha os seus dias, como é o caso do sr. Delfim...
Adorei! Não só porque me reconheci, como já expliquei, mas também pelo estilo escorreito e sem rodeios.
Foi par dizer MUITO OBRIGADA que vim a este blogue e creio que já me alonguei... Será que passei a gostar de blogues? "On verra!"
Beijinho'.
Ana Rosa Silva

Nota - O blogue a que Ana Rosa Silva se refere é http://carruagem23.blogspot.com, magnificamente dinamizado por Vítor Oliveira. As viagens nesta Carruagem são sempre diferentes e, à saída, fica-se sempre a saber mais e a pensar melhor.

Resposta à Ana Rosa - Antes de mais, MUITO OBRIGADA também pela felicidade que me deu ao fazer-me sentir que valeu a pena ter escrito a Velha Casa e outros dias. E que, por isso, valerá a pena continuar a escrever.
Para além da escrita, devo dizer que eu podia viver também sem o meu blogue, mas, para mim, não era bem a mesma coisa, apesar de ser bem simples. Porém, tal como a Ana Rosa, também visito poucos, se calhar por inércia ou indisciplina minhas.
A 'Carruagem 23' é um dos que visito com mais frequência. Obrigada, Vítor, pela profundidade, pertinência e atualidade dos teus posts. E por, através de ti e do teu blogue, ter tido o grande prazer deste dia: abrir o olamariana e ler o comentário da Ana Rosa, a quem agradeço imenso as palavras tão saborosas. Também refere a Ana Cardoso (felizmente, minha amiga, tal como o Vítor). Foi ela que apresentou generosa e maravilhosamente este meu diário, num dia também muito feliz para mim. De facto, o mundo é pequeno, mas as pessoas podem torná-lo bem melhor e bem mais habitável.
 Obrigada, Ana Rosa, por ter lido o meu livro com tanta atenção e por ter escrito o comentário que 'puxei' para página principal (espero que não me leve a mal), porque entrou no post de 3 de junho, já bastante recuado e, como tal, mais difícil de ser visto e partilhado.
Adorei a sua alegre e cúmplice vivacidade ao declarar-se também autora do livro, identificando-se com  diversas situações que refiro e que são vivenciadas por imensos professores. Também isso lhe agradeço. E se me diz que consegui convocar algumas, fico ainda mais feliz.
Um grande abraço e, mais uma vez, OBRIGADA.
Dolores