Ontem tive de me dispersar por múltiplos afazeres e faltou-me aquele bocadinho do dia de que gosto muito: sentar-me ao computador, ver alguns blogues amigos e escrever um texto que tantas vezes é sugerido pelo que está ou vive à minha volta. Logo de manhã, um trolha começou a arranjar um passeio esburacado do quintal. O tempo está bom e assim as coisas ficam mais bonitas. Acho que o que fiz foi útil e bom, não por ser nada de especial, mas porque era preciso ser feito, ou fiz com gosto, como assar peixe com batatas, acompanhado de arroz de cenoura, para a minha filha que fazia anos. E comprar-lhe um ramo bonito de flores e ouvir com um sorriso: 'Que bonito, mãe'.
Ontem à noite, no Joker, ouvi a concorrente dizer que uma das coisas que a relaxa é descrever os diferentes estados dos Estados Unidos da América. Achei aquilo bizarro. Melhor seria que fizesse a relação das pequenas coisas boas que lhe aconteceram durante o dia sem se focar diretamente no que a chateou, embora, muitas vezes, seja bom e necessário referi-las porque são humanas e nós somos humanos.
Muitas vezes, a minha mãe refere o rol de tristezas que lhe contaram, que viu, que ouviu, que sentiu... Chego a um ponto que lhe digo: 'Mãe, e o que é que aconteceu de bom?' Pensa um bocadinho e lá se lembra de uma coisita ou outra.
Porém, não sou exemplo de nada nem de otimismo, mas, talvez pela idade, acho que sou um bocadinho mais do que era há uns anos, talvez por ter aprendido a valorizar pequenas coisas que vão alegrando os meus estados de alma. E neste tempo do meu dia, como pude tranquilamente sentar-me ao computador, aproveito para dizer BOM DIA!
Bom dia, com estes cíclames tão bonitinhos. E também boa noite, que já os pássaros viveram a hora azul e só um ou outro piado os certifica nos ramos.
ResponderEliminarÉ verdade, por vezes acordamos do lado da lua em que tudo é escuridão. Tem dias em que conseguimos mudar isso. E outros em que não. Não me parece salutar lembrarmos apenas as tristezas e o que corre mal. Mas há sem dúvida momentos em que ficar triste é o melhor remédio. Curtir a tristeza não me parece um mal, afundar-se nela é que é um problema. Dos buracos fundos só se sai com ajuda, salvo uma ou outra excepção.
Obrigada, Bea, pelas ideias que levam sempre mais longe. É curioso que, apesar de ter escrito o meu texto de manhã, e defender o contributo das pequenas coisas para a alegria dos dias, hoje à tarde sentia-me triste, bem triste. E cheguei a pensar para mim: estavas com teoriazinhas e toma lá!!!
EliminarUma boa noite, Bea.
Muitas pessoas só registam coisas negativas...
ResponderEliminarConcordo, as pequenas coisas também nos podem fazer felizes.
Continuação de boa semana, querida amiga Maria Dolores.
Beijo.
Obrigada, Jaime, pelas palavras positivas, que são sempre boas e animadoras. E bem precisamos delas!
EliminarAbraço
Boa tarde, Maria Dolores.
ResponderEliminarQue bonitas e bem descritas são estas crónicas do seu quotidiano.
Gostaria de ter a paciência e disponibilidade mental, como já tive em tempos, para escrever sobre as coisas que se passam comigo.
Também vi ontem o Joker e pensei mais ou menos o mesmo que a Dolores quando ouvi a jovem concorrente dizer isso. Que estranha forma de descontrair. Eu faço palavras cruzadas. Gosto imenso e traz-me equilíbrio emocional. Alguma vez me lembrei de escrever acerca disso? Nunca! No entanto, são estes pequenos nadas da nossa vida que nós devíamos trazer para os nossos cantinhos. Admiro-a muito por isso.
Parabéns para a sua filhota. Desejo-lhe muitas felicidades.
Um beijinho e uma boa noite.
Boa noite, Janita, que boas são as suas visitas e obrigada pelo elogio. O que me sai é simples e não muito elaborado, mas quando tenho as palavras na garganta, é um prazer para mim libertá-las, ainda que simples.
ResponderEliminarPor exemplo, os seus desafios são fantásticos e têm muita adesão, o que exige saber e força.
Talvez as palavras cruzadas dessem bom assunto. Não tenho esse hábito, mas muitos falam da sua utilidade e também se aprende muito vocabulário, que é uma área de que gosto muito.
Obrigada pela parte da minha filha.
Um beijinho, Janita, e uma noite descansada.
Boa tarde,
ResponderEliminarO tempo tem sido muito louco e as vezes cruel, mas vamos levando aos poucos, com calma e serenidade.
Estou a duas semanas numa loucura inesperada, viagens longas e exaustiva, de fato obrigatórias.... torcendo para que dê tudo certo :D
Mas, novos horizontes vêem, assim espero ;)
Que bom, então, Calebe. Se há horizontes, o esforço vai valer a pena, vai ver.
ResponderEliminarAbraço, força e confiança.