Um dia, em Paris, fui com a minha irmã a um teatrinho, chamado, julgo eu, Théâtre de La Huchette, situado no Quartier Latin.
Entrar naquele espaço de representação de muitas realidades era aceder a muitas luzes daquela cidade.
Penso que foi a primeira vez que assisti a uma peça de teatro - La Leçon, de Ionesco - em francês e depois de ter estudado o texto na Faculdade. Também fiquei a gostar muito de ir a um espetáculo ao fim da tarde e não às 21.30, como entre nós é habitual.
Os corredores, sóbrios, mostravam fotografias de muitos trabalhos já
realizados, mas também ajudavam a compreender que os dinheiros eram
poucos mas os talentos não. Também havia mesas com livros à venda.
Aprendi igualmente a ganhar consciência de que não são apenas as grandes companhias ou os atores mais conhecidos que realizam trabalhos artísticos que ficam na memória.
Éramos as duas, a minha irmã e eu, fãs da língua francesa e ir a Paris era uma grande emoção. O coração pulsava ainda mais em locais ligados à vida e obra sobretudo de escritores, como cafés, avenidas, teatros...
Felizmente, ao longo do tempo, já pude percorrer outras cidades do mundo. No entanto, fica(rá) sempre o desejo de voltar a Paris.
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