Há anos que o audio-livro estava na minha estante de CDs, à espera de ser lido, ou melhor, ouvido.
Fui buscá-lo hoje, em tempo de quarentena por Covid 19 e um par de dias após a morte de Luís Sepúlveda, autor do texto, vitimado por essa doença.
A leitura do livro é expressiva e ajuda na viagem até à aldeia na floresta, onde vivia O Velho que lia Romances de Amor.
Vou continuar a viagem aqui do meu sofá. Posso até apagar a luz que os ambientes não se esbatem nem as personagens desaparecem nem a ação esmorece.
Pelo sim, pelo não, mantenho a janela aberta. Também ajuda a olhar mais longe.
E Luis Sepúlveda foi uma verdadeira janela para a necessidade crescente de humanização. E de boas histórias.
Gostei muito dessa pequena narrativa, tão marcada por valores de humanidade e ecologia. O velho lia/ouvia romances de amor e o maior deles era a leitura que fazia da natureza, dos animais e dos homens que destruíam a aldeia (que bem pode ser a global).
ResponderEliminarA ouvir e a ler, Sepúlveda manter-se-á vivo (http://carruagem23.blogspot.com/2020/04/voou-deste-mundo-voa-com-quem-o-le.html).