Pelo que vai sendo dito, as turmas, no próximo ano, vão ser ainda mais numerosas. Fala-se de trinta alunos por turma. Ora, uma aula não é como abrir uma torneira para que cada um, de igual forma, apare a água necessária.
Pressupõe-se que o professor conheça minimamente os alunos para que todos possam progredir. E como se trata de pessoas, há muitas diferenças.
Muitas salas de aula de escolas intervencionadas ficaram mais pequenas. As turmas aumentam e o espaço de muitas salas reduz-se.
Pretende-se instaurar a disciplina na sala de aula e acentuar a autoridade do professor. Como assim?
Se os alunos por turma aumentarem, vai-se poupar muito dinheiro, porque o número de professores em cada escola vai ser reduzido.
É esse o único objetivo? Então, por que se diz tão placidamente que se pretende um ensino e aprendizagem com mais rigor?
Querem 30 e criam um 31!
Pois será, imagino!
ResponderEliminarMais uma vez se espera que os docentes com golpes de magia atendam a toda a heterogeneidade presente na sala de aula, controlem a (in)disciplina dos alunos, respeitem os saberes e as aprendizagens necessárias a um sucesso escolar e façam aprendem ensinando. Neste tempo de mudanças, fará sentido lembrar as nossas escolas, sobrelotadas, dos anos 80 e da luta de muitos professores para que as escolas não se transformassem em armazéns de alunos, e se caísse na tentação de se esquecer o ser individual que é cada aluno e cada um de nós. Agora, o mote é (foi) poupar também nas despesas com a educação e o ensino, desenhando-se planos numa ordem de grandeza mega, em sentido lato (mega agrupamentos, mega intervenções arquitetónicas escolares, mega despesa pública, mega espaços, mega aumento de alunos por turma). Em contrapartida, o nível micro aplicou-se ao desenho da sala de aula.
Tarefa difícil a dos professores!!
Mais uma vez!!!
CS
Sim, nós já passámos por diferentes fases da escola.
ResponderEliminarSerá ainda possível que as próximas gerações aprendam e ensinem sem tantos constrangimentos?! Deus queira.
Um beijinho
M.