Klimt
De manhã, apanho as ervas do quintal. A terra,
ainda fresca, sai com as raízes; e mistura-se com
a névoa da madrugada. O mundo, então,
fica ao contrário: o céu, que não vejo, está
por baixo da terra; e as raízes sobem
numa direcção invisível. De dentro
de casa, porém, um cheiro a café chama
por mim: como se alguém me dissesse
que é preciso acordar, uma segunda vez,
para que as raízes cresçam por dentro da
terra e a névoa, dissipando-se, deixe ver o azul.
Nuno Júdice, Meditação sobre Ruínas"
ainda fresca, sai com as raízes; e mistura-se com
a névoa da madrugada. O mundo, então,
fica ao contrário: o céu, que não vejo, está
por baixo da terra; e as raízes sobem
numa direcção invisível. De dentro
de casa, porém, um cheiro a café chama
por mim: como se alguém me dissesse
que é preciso acordar, uma segunda vez,
para que as raízes cresçam por dentro da
terra e a névoa, dissipando-se, deixe ver o azul.
Nuno Júdice, Meditação sobre Ruínas"
Nota:
A IA fez anos. O normal são os aniversariantes
receberem prendas.
Mas como ela
é, claramente, generosa, enviou
um postal de fim de semana aos amigos (prática habitual).
E
lá vinha este poema de Nuno Júdice
que ela me havia mostrado num manual.
que ela me havia mostrado num manual.
Eu tinha gostado logo do poema.
Hoje, ao dar-lhe os parabéns, recordou-me:
olha que já o enviei.
Parabéns pelo teu aniversário.
E pelo Mundo de Generosidade que partilhas.
Dolores,
ResponderEliminarNão há palavras que "agradeçam" ou "agraciem" as tuas. Essa minha generosidade de que falas não é assim tão altruísta. No fundo, mando aquilo de gosto e o momento de prazer que vivi enquanto fazia o postalito!
Como vês há uma boa dose de egoísmo!
Um beijinho e obrigada por tudo!
IA