A aluna, inteligente e muito dedicada ao estudo, iria apresentar um trabalho sobre uma obra literária. Antes da aula, ainda no corredor, abeirou-se da professora e disse: professora, não estou preparada, não posso apresentar o meu trabalho, estou muito cansada, não consigo...
A professora, pacientemente, recordou-lhe a data em que o trabalho tinha sido proposto. A aluna, porém manteve a sua recusa em apresentar o trabalho. A professora insistiu: se adiasse a apresentação dela, teria de o fazer com os outros e, nesta altura do ano, não havia tempo para tal.
A aluna agitava-se. Corava. Calava-se. Murmurava...
A professora entrou na sala de aula. Escreveu o sumário. Passou para a apresentação dos trabalhos. Chegou a vez da aluna. A professora olhou-a e fez-lhe sinal para apresentar o trabalho. A aluna , um pouco hesitante, levantou-se do lugar e veio para junto do quadro.
A aluna começou a apresentar. E mostrava que estava dentro do assunto, apesar de já ter apresentado trabalhos melhores.
A professora, ao lado dela, foi-lhe dizendo que falasse mais alto, sem receio, porque o que dizia estava certo.
A aluna olhava mais para o chão do que para os colegas. Via-se que era terrível o medo de errar.
A professora disse então: sabes uma coisa, se eu tivesse a tua idade, a tua inteligência e a tua beleza, eu estaria feliz a apresentar um trabalho como este. Não entendo esse stresse.
A aluna riu-se.
A professora riu-se também.
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