A D. Primavera tinha uma hera
Que crescia de mais no seu jardim
Mas a D. Primavera não cortava a hera
Porque dizia que a hera não era
Nenhuma erva ruim
A D. Primavera tinha uma bicicleta
Para a D. Primavera poder passear
Não queria ser atleta
E muito menos poeta
Tinha era a duas rodas que arrumar
À sua porta não o podia fazer
Porque tinha de entrar e sair
A porta vizinha vinha mesmo a calhar
E que ninguém viesse criticar
Senão tinham mesmo de a ouvir
A D. Primavera tinha um menino
Bem malandro por sinal
Mas se o menino era menino
Só com a idade ganharia tino
Os malvados dos outros é que só viam o mal
A D. Primavera tinha um gato
Que pateava os carros
dos vizinhos
Um dia estragou deles
um sapato
E a D. Primavera assanhou-se que nem bravo pato
Queixando-se de quem ao gato não fazia miminhos
Não acham que a D. Primavera
Anda por aí em muitas ruas
Dos outros sempre a queixar-se
Do mal que lhe fazem sempre a lamentar-se
Porque as faltas nunca são suas!
Nota:
Hoje, vinha no carro, e ocorreu-me a D. Primavera,
nome que ouvi há dias.
nome que ouvi há dias.
Juntei-lhe algumas peripécias de que me lembrei, tentando rimar.
Porém, não tenho a pretensão de não ter também uma
costelita de D. Primavera.
costelita de D. Primavera.
Acho que mais vezes dela falarei.
Coitada da D. Primavera - será que ela conhece o verão?
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