segunda-feira, 21 de maio de 2012

Dalton Jérson Trevisan - Prémio Camões 2012

"Dalton Jérson Trevisan é o escritor distinguido com o Prémio Camões, acabou de anunciar o júri em Lisboa. Esta distinção foi atribuída por unanimidade.

O escritor brasileiro, que completa dia 14 de junho 87 anos, foi premiado pela sua "dedicação ao fazer literário", disse Silviano Santiago, um dos membros do júri.

O escritor brasileiro tem-se destacado no conto e "O Vampiro de Curitiba" (1965) é uma das suas obras mais conhecidas. Recentemente, escreveu "Vozes do Retrato - Quinze Histórias de Mentiras e Verdades" 
(1998), "O Maníaco do Olho Verde" (2008), "Violetas e Pavões" (2009), "Desgracida" (2010) e "O Anão e a Ninfeta" (2011).

Dalton Trevisan é também conhecido por viver afastado da vida pública. O escritor não dá entrevistas e não gosta de ser fotografado. Assina apenas como D. Trevis e vive "escondido" dos media em Curitiba, cidade onde nasceu.

"Escondeu-se no anonimato para vencer um concurso de contos no Paraná, em 1968. Gosta de filmes de bangue-bangue [cowboys] e de passear pelas ruas da capital paranaense", diz a biografia publicada no site da sua editora, o grupo editorial "Record". 

Dalton Trevisan, antes de ter livros impressos, chegou a publicar os seus contos em folhetos. Licenciado em Direito, foi crítico de cinema e, em 1996, recebeu, no Brasil, o prémio Ministério da Cultura de Literatura. Os seus livros já foram traduzidos para inglês, espanhol e italiano. 

No site do brasileiro "Record", lê-se ainda que, em 1945, a sua vida esteve em risco, após sofrer um acidente com o forno de olaria. "Trevisan foi internado com fratura de crânio, mas recuperou para editar, a partir do ano seguinte, a revista 'Joaquim', que duraria até 1949." 

A "Joaquim" lançou escritores como António Cândido, Mário de Andrade e Otto Maria Carpeaux e poemas inéditos, como "O Caso do Vestido", de Carlos Drummond de Andrade". 

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