"Dalton Jérson Trevisan é o escritor distinguido com o
Prémio Camões, acabou de anunciar o júri em Lisboa. Esta distinção foi
atribuída por unanimidade.
O escritor brasileiro, que completa dia 14 de junho 87
anos, foi premiado pela sua "dedicação ao fazer literário", disse
Silviano Santiago, um dos membros do júri.
O escritor brasileiro tem-se destacado no conto e "O
Vampiro de Curitiba" (1965) é uma das suas obras mais conhecidas.
Recentemente, escreveu "Vozes do Retrato - Quinze Histórias de Mentiras e
Verdades"
(1998), "O Maníaco do Olho Verde" (2008), "Violetas e Pavões"
(2009), "Desgracida" (2010) e "O Anão e a Ninfeta" (2011).
Dalton Trevisan é também conhecido por viver afastado
da vida pública. O escritor não dá entrevistas e não gosta de ser
fotografado. Assina apenas como D. Trevis e vive "escondido" dos media em Curitiba, cidade onde nasceu.
"Escondeu-se no anonimato para vencer um concurso de
contos no Paraná, em 1968. Gosta de filmes de bangue-bangue [cowboys] e
de passear pelas ruas da capital paranaense", diz a biografia publicada
no site da sua editora, o grupo editorial "Record".
Dalton Trevisan, antes de ter livros impressos, chegou a
publicar os seus contos em folhetos. Licenciado em Direito, foi crítico
de cinema e, em 1996, recebeu, no Brasil, o prémio Ministério da
Cultura de Literatura. Os seus livros já foram traduzidos para inglês,
espanhol e italiano.
No site do brasileiro "Record", lê-se ainda que,
em 1945, a sua vida esteve em risco, após sofrer um acidente com o
forno de olaria. "Trevisan foi internado com fratura de crânio, mas
recuperou para editar, a partir do ano seguinte, a revista 'Joaquim',
que duraria até 1949."
A "Joaquim" lançou escritores como António Cândido,
Mário de Andrade e Otto Maria Carpeaux e poemas inéditos, como "O Caso
do Vestido", de Carlos Drummond de Andrade".
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