O que ela mais pediu foi
que “naquela noite” não ficasse sozinha.
Claro que gostava de ficar com a filha mais velha, mas podia ser a mais nova,
um dos filhos ou um dos netos.
Ainda
faltava um mês, e ela já falava “naquela noite”. Parecia ser um marco do tempo presente. Como ia fazer noventa anos,
repetia que o futuro dela seria apenas um bocadinho a mais para além do tempo
que estava a viver. Talvez pela idade avançada, “aquela noite” era muito
importante. Se tivesse a companhia da filha mais velha, podia queixar-se de
alguma dor, porque teria logo uma massagem que a aliviaria.
E foi, então, a filha mais velha que resolveu fazer-lhe companhia
naquela noite. Quando acordaram, a velha mãe ficou contente com o beijo que a
filha lhe deu e, sorridente, desejou-lhe um Feliz Natal!
Gostei muito de o Naquela noite.
ResponderEliminarum beijinho
Gábi
Talvez um bocadinho triste, mas o final um bocadinho mais feliz.
ResponderEliminarUm beijinho
M.
É muito importante termos alguém para quem falar, especialmente nos dias do ano que têm alguma importância. Nestes dias a solidão é muito triste, não é que seja bom nos outros dias, mas nos dias especiais esta torna-se mais triste, vazia e por vezes assustadora.
ResponderEliminarConcordo completamente. Quem tem o seu trabalho tem de o conservar; a vida vai sendo mais longa...
ResponderEliminarO problema dos velhos julgo ser grave. Muito já tem sido feito, mas ainda haverá muito a fazer.
Feliz Ano Novo!
M.