Quando a enfermeira chegou à enfermaria, logo pareceu empática. Sem falar alto, sem chamar minha querida, meu amor… sem infantilizações, sugeriu um passeiinho pelo corredor, não sem antes ensinar exercícios de respiração - inspiração seguida de expiração.
Ajudou-a a levantar do cadeirão, deu-lhe o braço e daí a muito pouco, estavam a caminhar pelo corredor e a conversar. Na conversa, entrou o mar que se via das janelas do outro lado do corredor, sem muita nitidez, por causa do nevoeiro.
Voltou dois dias depois e repetiu alguns dos exercícios da sua especialidade: enfermeira de reabilitação.
De novo no cadeirão, para descansar um pouco, a doente ia pensando que o SNS tem serviços muito úteis, muitos deles criados há anos, mas pouco conhecidos. E deles pouco se fala. Porém, em todos os tempos se apregoa muita coisa que, de utilidade, só fica o eco,
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