Gostei particularmente de rever ambientes e adereços
dos anos trinta; o desempenho do ator Jesse Eisenberg, que aprecio bastante, no
papel do jovem Bobby, que, querendo singrar na vida, sai de Nova York e vai
para Hollywood, onde um tio é um famoso agente ligado à indústria do cinema.
O guarda-roupa, a música (não podia faltar o som
encantatório do saxofone), os diálogos, nomeadamente no espaço da família judia
de Bobby, contribuem para contar histórias em que sobressai a do jovem Bobby e
de Vonnie, Kristen Stewart, por quem se apaixona, tal como o tio rico, Phil,
com quem ela, secretária, vem a casar, depois de este se ter separado da
mulher.
Bobby, apesar de casar com uma mulher adorável,
também chamada Verónica, não consegue esquecer o seu grande amor, Vonnie. Esta
parece sentir igualmente grande prazer nos passeios que dá com Bobby,
aproveitando a ausência do marido e o desconhecimento de Verónica, grávida pela
segunda vez.
Para além disto, senti a falta do fino humor mais contundente dos
primeiros filmes de Woody Allen.
O facto de, aparentemente, Vonnie amar os dois
homens, Phil e Bobby, tão diferentes, incluindo a idade, poderá ser
interpretado como uma espécie de completude que se busca e que raramente
coabita numa única pessoa. Será?
E Phil, a entrar no outono da vida e a
pretender viver cenários primaveris com Vonnie, tão bela e tão jovem.
Quando o filme terminou, desliguei o computador. Bastavam-me as imagens que acabava de ver.
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