Ora, dizendo isto, era como se reproduzisse o sentir de muitas pessoas dessa idade, sobretudo mulheres.
Tenho uma amiga que refere muitas vezes que faz parte da geração sanduíche, porque está aberta aos pais, aos filhos e aos netos.
E nem sempre é fácil ter a sábia paciência nem aplicar o necessário ajuste a tão diferentes situações. Quando surge a questão: e eu?, logo aparecem garras de culpabilidade. Estarei a ser egoísta? Dizer 'eu' não poderá ser entendido como desejo de afastamento daqueles que têm toda a importância para mim?
São dilemas que se juntam a outros de uma pessoa que se sente viva.
Sim, também acho que às vezes apetecia não ter responsabilidades, mas talvez fosse como representar uma peça num palco cheio de buracos.
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