terça-feira, 4 de janeiro de 2022

Fica tanto por saber!

Há dias, uma amiga minha pediu-me se revia o jornal eletrónico de um agrupamento de escolas de diferentes ciclos. Já estou afastada há um par de anos, mas, confesso, que, nestes momentos, sinto saudades. Não da burocracia sempre crescente,  mas das atividades em que os alunos eram e são os protagonistas, com a ajuda do trabalho e cumplicidade dos professores. E são tantas as atividades que se realizam nas escolas. E tantas as que ficam por conhecer de tanta gente. De facto, apesar da existência da tal burocracia atual, continuam a fazer-se atividades maravilhosas com as crianças e jovens, como plantar flores e cuidar delas, ler e contar histórias, participar em debates com voluntários de diferentes instituições ligadas aos Direitos Humanos, revelar trabalho científico realizado na  sala de aula e tantos outros projetos que mostram boas e úteis interações.

Domingo à noite, na despedida de um programa de canções, no canal 1, Catarina Furtado pedia que cada um fosse cada dia melhor pessoa - um bom propósito de Ano Novo, sem dúvida.

 O que se aprende e produz nas escolas pode também ajudar muito a que todos possamos ser melhores pessoas.  Será que divulgar mais o que se faz de bom em tantas escolas também ajudaria?

10 comentários:

  1. Francamente, não sei. Nos jardins infantis os pais sabem tudo que os filhos fazem e a escola é aberta a todas as colaborações. Mas é o jardim de infância. Depois, à medida que vão crescendo e sendo autónomos, os alunos vão criando mundos em que não gostam que todos entrem. E, se o mundo não sabe o que se passa nas escolas, as escolas não sabem o que se passa no mundo dos alunos enquanto pessoas, quais os seus hobbies, as suas aptidões inatas e até os dons passam ignorados em mais ou menos quinze anos de escolaridade obrigatória, facto que é inadmissível. As escolas têm jornais que vendem e, suponho eu, escrevem neles o que fazem. Também é verdade que no corre corre da vida a maioria de nós pouco se interessa pela escola.
    Mas os alunos, cada um deles, desenvolve na escola as capacidades que ela exige e tudo o resto fica entre parentesis. E, como a Maria constata, fica muito da pessoa para além disso. As escolas têm psicólogos (nem todas) e até fazem o seu trabalho. Alguns sabem desse mundo outro de cada um. Mas muitos também o desconhecem, estão focados na aprendizagem. O aluno tem uma faceta escolar cuja tanta vez não está sequer próxima daquilo que o faz feliz e de que gosta verdadeiramente. Quem se adapta às exigências da escola está no caminho certo. Quem não...azar. É a vida.

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    1. Olá, Bea. Também acho que, com o evoluir da idade e da escolaridade, vai diminuindo o interesse pela vida da escola. Isso verifica-se também, pela parte de bastantes pais que, sobretudo no secundário, defendem que só é preciso ir à escola se houver problemas. No entanto, há pais e alunos muito interventivos em diferentes áreas, mas, no secundário, não é o comum. Infelizmente.
      Também não será muito conhecido o trabalho realizado pelo/a psicólogo/a escolar. No entanto, resolve muitos problemas e ajuda a evitar muitos mais.
      Sobre o desfasamento entre a escola e o mundo, acho que ainda acontece, apesar de muito trabalho realizado no sentido de os aproximar. Há ainda muito a fazer para tornar também a escola mais atrativa. E às vezes não é só a idade de muitos professores que o impede, mas a falta de tempo (há muitas queixas pelo tempo gasto em burocracia, como relatórios,plataformas, etc.), de estímulo e de meios para programar as aulas de modo mais cativante. Isto sem generalizar, porque há profissionais excecionais, em qualquer idade.
      E os alunos são um público cada vez mais exigente, o que é natural e bom.
      Uma boa noite, Bea.

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  2. Bom dia
    Se cada vez mais temos ao nosso alcance meios de comunicação, porque não usufruirmos deles para divulgar o que de bom se passa nas nossas escolas . Ou será que esses meios apenas servem para denegrir o nosso ensino que é apesar de tudo do melhor que existe tanto a nível pedagógico como solidário.

    JR

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    1. Também me interrogo sobre o facto de as notícias selecionadas incidirem quase sempre sobre o que de mau aconteceu. O mesmo se passa com os hospitais e outros setores fundamentais da nossa vida.
      Cada vez me convenço mais que só com educação o mundo pode melhorar. E como 'se ama sobretudo o que se conhece', muitas vezes desvaloriza-se muito porque se conhece pouco.

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  3. Acho que as escolas fazem muito bem o seu trabalho. Cabe aos Pais apoiar e educar os filhos para obedecerem aos seus Professores e auxiliares de educação!
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    Sentimentos escondidos na palavras
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    Bom Ano. Beijos.

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    1. Claro que também há falhas, o que é natural nesta área humana mas, de facto, há atividades que ficam na memória de quem as realiza e de quem as vê.
      Bom Ana Novo. Um abraço

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  4. Quem está uma vida numa profissão, mesmo saindo, tarde ou nunca a esquece.
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    Votos de um Feliz Ano de 2022
    Cumprimentos
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    Pensamentos e Devaneios Poéticos
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  5. É verdade, Ricardo.
    Feliz Ano Novo, que está agora a dar os primeiros passos.
    Que sejam seguros e bons.

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