Irrita-me profundamente ver pessoas a ocupar os tapetes
rolantes dos Centros Comerciais, esquecendo que as pessoas que vêm atrás querem
passar. Se há o direito a ter tempo, também existe o direito a ter pressa e não
ter de esperar.
Já vi namorados de mãos dadas, um casal a conversar (se
calhar, em casa, não há assunto), duas amigas a continuarem longas conversas,
pais a darem a mão aos filhos, apaixonados a trocarem beijos… ocupando a
esquerda e a direita da passadeira, não reparando sequer em quem os precede.
Sei que tal não acontece em grandes cidades europeias,
porque quem utiliza os tapetes rolantes e mesmo as escadas aprendeu a ocupar o
lado direito, deixando o esquerdo livre para quem quer passar mais depressa.
De facto, os tapetes e escadas rolantes não são como
bancos de jardim, onde as pessoas podem permanecer o tempo desejado.
Ninguém deve deixar de namorar, de conversar, de
interagir… mas, por amor de Deus, sem necessidade de ouvir repetir: Com
licença, com licença!
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