Bom dia!
Está a chover, embora os pingos da chuva se vejam mais nas folhas das árvores onde caem do que a tombar das nuvens. O vento sopra, mas perdeu a força de ontem. Se calhar, o vento também se cansa. Como nós.
E os dias vão sendo do nós e eles na campanha eleitoral. Seja qual for a cor, a tendência, o programa, a visão do mundo, todos os partidos usam esses pronomes. No nós, está o bem; no eles, está o mal. E disso dão conta os comentadores que, com mais ou menos subjetividade, avaliam quem anda nas arruadas, nos comícios, nos mercados, nos cafés, etc.
E, a propósito do partido mais ruidoso, andei zangada com o Expresso Curto que recebo todos os dias online e que, há uns tempos, começava muitas vezes com notícias do Chega em letras bem gordas. Vi uma vez, vi outra vez, e mais alguma vez ainda, começou a irritar-me e mandei um mail pedindo que me retirassem da lista dos envios, uma vez que não estava interessada em ver logo à cabeça do jornal coisas que até fazem mal à cabeça. E sugeri que não levassem tanto ao colo esse partido, porque poderia tornar-se demasiado pesado. Responderam-me, muito delicadamente, que teria de dirigir o pedido a outra secção. Não encontrei o endereço certo e continuo a receber o expresso curto diário. Não tenho visto, porém, esse partido logo no título das primeiras notícias. Não foi por mim, de certeza, mas pode ter havido outras pessoas que também o tenham feito. Oxalá.
A manhã continua cinzenta, colorindo-se com as camélias que vejo da janela. Hoje está um bom dia para estar em casa e ler e escrever. 'Para quem pode' - pensar-se-á. E com razão.
Sem comentários:
Enviar um comentário