Como já tenho dito, vi quase todos os debates com os candidatos e candidatas às legislativas e bastantes debates que se seguiam aos referidos debates, embora, desde o início, já soubesse em quem ia votar.
Sei que, com tanta sondagem feita, o meu telefone nunca tocou para me perguntarem em quem vou votar ou se faço parte daquele grande grupo dos indecisos que poderão alterar, ou não, todas as previsões. Também não conheço ninguém que tenha sido contactado, mas também é natural porque o espaço em que me movo não é muito alargado. E não faço parte de bolhas (palavra agora muito na moda) mais contactáveis e sondadas.
Confesso que já sinto algum cansaço da campanha eleitoral, que foi muito longa. De promessas que, mesmo os leigos em macrocontas, como eu, que fazem arregalar os olhos de espanto. Como é possível prometer tal coisa? Onde está o respeito pela inteligência do povo?
E a campanha também se foi fazendo nas televisões, mesmo sem os protagonistas. E de que maneira. Basta ver painéis diários formados, na sua grande maioria, por pessoas afetas ao partido do dono da televisão, a ditar o seu sobe e desce e a ter mais olhos para os candidatos da sua cor política.
Por isso, às vezes, digo para mim própria: vou deixar de ver. Tenho tanta coisa para fazer, tantos livros bons para ler, algumas histórias que quero escrever, mas, nem sempre resisto e lá vou eu ver as sondagens, reportagens, etc.
Amanhã, termina a campanha, julgo que ao bater das doze badaladas, quando o sol se tiver posto há muito. No domingo, ver-se-á quem contou melhor a história. Oxalá que todos a possam ler, sem perder a esperança que ainda nos resta.
Oxalá, Dolores. Mas olha que estou com muito receio do que aí vem.
ResponderEliminarNão quero perder a esperança, mas sei que há muitas nuvens no céu e o receio de tempestades existe.
ResponderEliminarAmanhã vou votar, como tu vais. Serão pequeníssimas gotas no oceano, mas, sem elas, o oceano ficaria mais vazio.
Um abraço