Há muitos anos que leio o semanário Expresso com bastante regularidade, em papel e agora por assinatura eletrónica. Porém, venho a notar que o jornal dá um grande relevo ao partido de A.Ventura. Não os contei, mas uma grande parte dos grandes títulos de primeira página é sobre esse partido, o que acontece há muito tempo. Para não falar de grandes fotos do líder partidário a ocupar muito espaço de páginas interiores. Ora, quando tal acontece, há a intenção de chamar a atenção para o que se põe em destaque e não apenas com o objetivo de informar. A menos que prevaleçam os jogos de audiências ou a moda populista que vai grassando dentro e de fora da Europa.
Como de costume, hoje, 6ª f., recebi o Expresso online e, mais uma vez, o partido de extremadireita surge logo no primeiro e grande título da capa, o mesmo acontecendo com o Expresso curto. Como se fosse esse o único motivo de interesse e o único tema de conversa.
Ora, irritada, liguei para o jornal a manifestar o meu desagrado e a solicitar que deixassem de me enviar o semanário, porque não queria encher a minha caixa de correio com notícias, para mim, demasiado tendenciosas. E acrescentei que, na SIC, são frequentes debates com pessoas de uma só cor partidária, a do seu fundador, o que também me desagrada.
A ouvir-me estava uma funcionária, educada e políticamente correta, que me disse que o fim da minha assinatura do jornal não estava para breve, mas, perante a minha insistência, que deixaria de ser avisada previamente da emissão.
Pedi também que desse a conhecer a quem de direito as discordâncias que referi, como leitora e assinante.
Tenho consciência de que isto é apenas uma pequeníssima gota no oceano, mas nós, cidadãos comuns, temos o direito de manifestar a nossa vontade e não aceitar apenas a vontade de outrem. Para mais, por um serviço pago e tão importante como é um jornal.
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