sábado, 17 de agosto de 2013

“Meu querido mês de agosto”




Cada vez me convenço mais de uma coisa simples: muitos prazeres estão nas coisas simples e, sem eles, a vida perderia muito do seu encanto.  O mês de agosto (quando se pode ter férias, é claro!) pode ser um tempo luminoso: estar mais disponível para ouvir e falar; fazer caminhadas na areia molhada; saborear um arroz de peixe ou sardinhas na brasa; ler um livro, captando melhor os pormenores da história e dos afetos; olhar a natureza com mais atenção; partilhar energias e vontade de ser e fazer cada vez melhor…


Há dias, vi uma senhora numa esplanada. Já a conheço há bastantes anos. É umas das presenças frequentes do (meu) verão à beira-mar. Ela gosta muito de falar. De um ano para o outro, vão-se contando as novidades. Sentada à mesa da esplanada, apenas sorria a quem passava – para que a pessoa com quem ela estava pudesse continuar a ler o livro. Não sei se estou a ser demasiado crente, mas vi no gesto uma prova de amor (se calhar, estou influenciada por um livro que ando a ler de Valter Hugo-Mãe).

Observar muito do que se passa à nossa volta também dá cor aos dias, tornando-os ainda mais visíveis.


Não acredito que se possa ser constantemente feliz, mas que bom é viver momentos felizes. Em agosto (quando é possível ter férias, volto eu a dizer), se tal acontece, apetece mesmo dizer: “Meu querido mês de agosto”!







 

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