Na mesa, muitos papéis. Quero arrumá-los. Se o conseguir, sentirei a cabeça também mais organizada. E partirei para as outras coisas com mais discernimento.
Tenho a televisão ligada, o que habitualmente não acontece quando quero concentrar-me. Na RTP 2, passa um programa de Laurinda Alves. Chama-me a atenção. Já tinha visto um outro, por acaso, numa noite mal dormida.
Em comum, vi pessoas ligadas a atividades criativas (arquitetura, fotografia, dança) falando, com pacífica alegria, de momentos de comunhão com a natureza, sem descurar a atividade profissional.
No programa de hoje, um fotógrafo dizia que andava sempre com a máquina fotográfica, como um escritor traz um bloco, como quem desenha se faz acompanhar de um caderno... Em qualquer momento, pode surgir uma situação inspiradora.
Senti imperiosa a vontade de arranjar tempo para percorrer mais caminhos que a natureza nos dá, ou que a mão do homem também nos proporciona.
Se o conseguir, será como arrumar uma mesa, vendo tudo mais claro e arejado. Sem andar sempre aos papéis.
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