sexta-feira, 9 de março de 2012

A caixinha de música

Julgo que nunca tive nenhuma caixinha de música. Julgo também que a maioria das pessoas nunca teve uma caixinha de música. Também não é fundamental que se tenha uma caixinha de música. Mas há coisas que são importantes, ainda que não essenciais, tais como uma caixinha de música.
Este objeto  - quase mágico, quase mítico - tem vindo à baila com frequência entre um grupo de amigos por causa do livro de Maria Clara Miguel - O tesouro.
Ora, na busca do tesouro, as personagens deparam-se com uma caixinha de música há muito existente num velho casarão. Estaria lá escondido ou não o tesouro?
Um livro pode ser um tesouro e ajudar a recuperar muitos outros. Tal como os sons encantatórios de uma caixinha de música. A rodopiar, leve e suavemente, na nossa memória.

Comentários: 
Afinal, não sou só eu que nunca tive uma caixinha de música! No tempo em que eu tinha idade para a ter, os meus pais deviam andar mais preocupados com o trabalho do que com comprar-me brinquedos. Pois é, naquele tempo, os brinquedos estavam no sapato em cima do fogão no dia de Natal, uma vez por ano! Hoje, todos os dias é Natal para a maioria das crianças. Será que amar os filhos é dar-lhes tudo e esquecer que eles existem enquanto pessoas? Mas, um dia ainda vou comprar uma caixa de música para ver se também eu encontro o meu tesouro. CS em A caixinha de música

Quando era criança, lembro-me que a minha mãe tinha uma caixinha de música com uma bailarina, quando se levantava a tampa, começava a ouvir-se a música e surgia a bailarina que rodopiava ao som da música. E entretanto arranjei uma "caixa" de música que é um farol. Gosto de caixas de música :) em A caixinha de música Redonda

A caixinha de música da minha infância não era lá de casa!
Pertencia a uma senhora - a dona Nezinha (Que Deus a tenha!)- amiga  da minha tia Guilhermina (tia-avó, que Deus a tenha também!) que me criou.
Quando íamos a casa da dona Nezinha, ela emprestava-me a caixinha: a princípio aos olhos; mais tarde para as mãos. Era um pinaninho que, quando se abria, exibia uma pequena bailarina que dançava ao som, penso eu, do Lago dos Cisnes.
Por baixo das teclas, havia uma pequena gaveta que funcionava como guarda-joias. Não sei se eram de valor. Só sei que me ofuscava com o brilho das peças...
 E era um pequeno tesouro, que, mesmo não sendo meu, me fazia feliz.
Penso que a caixinha de música da Maria Clara Miguel foi pedida emprestada àquela que foi "minha" na minha infância!
Afinal, nada é por acaso!
Bjinhos para a Mariana e a Dolores
IA

2 comentários:

  1. Quando era criança, lembro-me que a minha mãe tinha uma caixinha de música com uma bailarina, quando se levantava a tampa, começava a ouvir-se a música e surgia a bailarina que rodopiava ao som da música. E entretanto arranjei uma "caixa" de música que é um farol. Gosto de caixas de música :)

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  2. Afinal, não sou só eu que nunca tive uma caixinha de música! No tempo em que eu tinha idade para a ter, os meus pais deviam andar mais preocupados com o trabalho do que com comprar-me brinquedos. Pois é, naquele tempo, os brinquedos estavam no sapato em cima do fogão no dia de Natal, uma vez por ano!
    Hoje, todos os dias é Natal para a maioria das crianças. Será que amar os filhos é dar-lhes tudo e esquecer que eles existem enquanto pessoas?
    Mas, um dia ainda vou comprar uma caixa de música para ver se também eu encontro o meu tesouro.
    CS

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