Há pequenas situações quotidianas
que revelam bem, a meu ver, diferentes posturas
dos jovens na sua maneira de
encarar o mundo:
- achar que tudo compete aos
outros e que tudo podem fazer e dizer;
- contribuir com as suas atitudes
para o bem estar pessoal e do grupo.
Vejo e oiço, por
exemplo, nas aulas, alunos que se assoam ruidosamente enquanto outros estão a
ler em voz alta; batem com a caneta na mesa durante a explicação do professor; estalam
a garrafa de plástico vazia no tempo em que alguém fala; bocejam sem controle; mexem em objetos desconcentrando
os mais próximos; conversam quando seria necessário silêncio…
Durante uma
representação teatral, falam em voz alta como se estivessem no intervalo; fazem
comentários quando as luzes se apagam; ligam os telemóveis sem ligar às
recomendações…
E são muitas vezes os que mais ruídos emitem,
os que mais transgridem que mais se queixam, que mais descontentes se mostram,
que mais críticas fazem, que mais confusão instalam, que mais pedras atiram e
logo escondem a mão...
Um guia dá
informações sobre um espaço, onde dificilmente o grupo voltará, e alguns
elementos aproveitam para se sentar e conversar, em voz alta, sobre coisas que
nada têm a ver.
Será um
problema genético ou o resultado de muitas práticas educativas de desresponsabilização?
Em época de
poupança, muitos dos nossos jovens desperdiçam recursos que outros lhes preparam para o seu sucesso. Muitos nem o reconhecem tão surdos que estão por todos os ruídos ouvidos e produzidos.
Felizmente a
maioria dos jovens mostra a maravilha que é um ser humano a usufruir, com
alegria, beleza e naturalidade, do mundo que nos rodeia. Outros ainda não tiveram ou
não aprenderam a aproveitar essa oportunidade.
Mais vale não
deixar para amanhã. Pode ser demasiado tarde.
Não querem ficar bem na fotografia?
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