https://cinecartaz.publico.pt/filme/amadeo-409386
Antes que saísse do cartaz ou passasse para horários que não nos convêm, ontem, às 13.40, estávamos a entrar na sala 1 do Centro Comercial Alameda para ver o filme AMADEO sobre Amadeo de Souza Cardoso, nascido em Manhufe, Amarante, em 1887, tendo vivido apenas 30 anos. Em Paris, onde conviveu e trabalhou com grandes pintores modernistas, conheceu Lucie por quem se apaixonou e com quem partilhou a sua vida e a sua obra.
Realizado por Vicente Alves do Ó, Amadeo é representado por Rafael Morais e Ana Lopes dá vida a Lucie: um belo e jovem par de atores que contribui, na minha opinião, para reafirmar a beleza que perpassa do filme pelas paisagens, cenários, roupas, etc. Ficou-me/nos esta ideia e também de calma pela entrada num ambiente sereno em que havia arte, para além dos trabalhos do pintor que eram mostrados. Alguns, muito poucos, aparecem a ser elaborados, mas eu gostaria de ver mais pintura de Amadeo, de ficar a saber mais.
Talvez o tempo dedicado à gripe pneumónica, que atingiu a família, pudesse ser reduzido, para desenvolver mais a dimensão do pintor, embora fosse pertinente a inclusão da epidemia para revelar o lado humano de todos que viviam naquela bela casa.
A fotografia é excelente e o som também, o que ajuda os espetadores a participar melhor do que é contado, haja ou não um forte argumento.
Depois do filme, já com a sala vazia, ficámos, no lugar, a comentar o que se tinha desenrolado diante dos nossos olhos. Ao fundo da sala, estava a senhora da limpeza à espera. Em breve, haveria outra sessão. Tal como na nossa, estaria pouca gente, por certo, mas haveria, com certeza, pessoas a ficar com vontade de conhecer mais sobre a vida e obra deste pintor, que também deu o nome ao belo museu que existe em Amarante.
Acredito que seja um filme muito interessante de ver
ResponderEliminar.
Saudações poéticas. Semana feliz .
.
Poema: “” Coração embriagado de amor ””…
.
Eu gostei. Os críticos de cinema parecem ter gostado menos, o que é natural, porque têm critérios bem mais apurados.
EliminarBom Dia dos Namorados para amanhã, 'embriagado' ou não 'de amor'.
Aprecio deveras a pintura de Amadeo Souza-Cardoso. Os factos da sua curta vida são-me um bocadinho irrelevantes. O que gosto dos quadros que pintou é que desmede sem saciar. Não conto ver esse filme. Tão longe de cinemas, ignoro o que poderei acrescentar ao captado nas várias exposições que já vi sobre vida e obra do pintor. Dá-me por vezes uma saudade do tempo em que, no centro de arte moderna podia entrar livremente e me sentava na primeira sala a olhar os tons quentes do quadro de Almada que representa F. Pessoa num chão de xadrez, acompanhado de mais duas ou três pinturas de Amadeo.
ResponderEliminarTambém gosto e, quando puder, tentarei revisitar o museu Souza Cardoso em Amarante.
EliminarNo filme também não se acrescenta muito sobre a obra do pintor. Gostava, de facto, de ver mais sobre a sua pintura. Já que se estava 'com as mãos no filme', era bom dar a compreender melhor o que/como pintava e as tendências que ele seguia.
Também gosto de olhar os quadros devagar e, se possível, sentada. Às vezes, penso que é preguiça, mas, só assim descubro coisas em que nem sequer reparo se a visita for a correr ou se os quadros vistos forem imensos.
De vez em quando, faço-o com os quadros de Júlio Rezende. No dia a dia, há muito pouca gente no Lugar do Desenho, em Gondomar, por isso os quadros expostos parecem ficar por conta de quem os observa. Quando lá vou com calma, com mais calma de lá saio.
A arte também pode ter este efeito.
Boa semana, Bea
Eu não sei se saio calma, a arte comove-me imenso. E consola-me.
EliminarAinda não tinha ouvido falar!
ResponderEliminarBom domingo Mariana
É bonito, Gracinha, e merecedor de bons olhares.
EliminarUm beijinho