sábado, 17 de janeiro de 2015

Sábado



Uma ação de formação durante a manhã: Diferenciação pedagógica na sociedade de informação.
Agrada-me. Esqueço-me de que tinha pensado poucas horas antes que preferia ficar em casa. Para mais, estava frio. Para mais, a semana tinha sido cansativa de tantas tarefas para que os professores são convocados.
Para não falar das salas quentes e dos corredores gelados e logo a tosse, os espirros e outras mais tosses e outros espirros. Para não falar das turmas de trinta alunos e salas que encolheram depois das obras na escola.
Oiço com atenção o que as minhas colegas formadoras dizem, prepararam, partilham. Gosto da ideia de se aproveitar "a prata da casa", as experiências por muitos realizadas e que caem no esquecimento quando não comunicadas para além da sala de aula.
Fala-se dos "nativos" dos computadores - os jovens cuja intuição os faz percorrer habilmente os espaços virtuais. Gostava de saber mais de computadores - penso eu. Continuarei a pedir ajuda a alguns alunos no uso das novas tecnologias - o que não é pecado nenhum.
Almoço junto ao rio Douro. Já quase mar. Os barcos passam com turistas poucos, porque o frio é muito. E também a neblina. E também o cinza  por onde esvoaçam as gaivotas.
As pontes desenham ogivas no nevoeiro. De regresso, no carro, ouvindo a antena 2, ecoa a voz de Miguel Torga que nos deixou há vinte anos.
 Chove. A noite vai caindo. Os carros escasseiam na rua. O frio não é frouxo.
 Já longe do rio, pressinto gaivotas também protegidas por telhados. Saberão que é sábado?

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