O que se
passou no último debate na Assembleia da República foi assustador.
Tendo sido
votado o possível referendo sobre a coadoção por casais do mesmo sexo, muitos
deputados dos partidos do governo votaram, declararam eles, contra a sua
consciência, mas unicamente porque lhes tinha sido imposta a disciplina de voto.
Então, meus
senhores, são representantes do povo ou apenas da vontade, mais ou menos
plástica, de um líder? E apresentam-se tantas vezes, perante os cidadãos comuns,
como arautos da verdade!
Alguns deputados
são tão novos que apetece dizer com ironia: “olha, como aprendeu a lição tão depressa!”
Para além da
desresponsabilização dos governantes, agiganta-se a figura da voz única e da
ideia de que “quem não está por mim está contra mim”.
Sobre estas
questões já muitos se pronunciaram com mais ou menos profundidade. E muitos
mais comentadores haverá a julgar, a defender, a desculpar, a criticar, a gesticular...
Do que ainda não ouvi falar foi do tom,
despoticamente autoritário, usado pelo presidente da assembleia da República,
após a votação do referendo, e perante a reação das pessoas que se manifestaram
nas galerias.
Se os
manifestantes transgrediram regras, a voz ameaçadora do deputado, nas funções
de presidente, também foi reprovável. Só faltava dizer: “tragam-me o chicote”.
Tivesse eu
metade da idade que tenho e emigrava. Podia não ser bem sucedida, mas não veria as máscaras despudoradas de tantos políticos.
Subscrevo inteiramente.
ResponderEliminarEsta democracia representada por badamecos, como alguns dos nossos deputados, não é representativa de coisíssima nenhuma, muito menos da consciência de se ser humano.
É triste, é vergonhoso, é deplorável, é degradante.
Política desta é bem pior do que a do "Animal farm" de Orwell.
Um referendo para decidir a educação de crianças, algumas das quais com o amor, o cuidado e a atenção com que dois seres do mesmo sexo lhe dão?!!!!
Em que escola(s) andaram estes deputados?! Que valores lhes ensinaram?!
Por mim, faria sim senhor um referendo para se decidir se deputados destes merecem continuar no parlamento.
Triste... muito triste.
Também subscrevo inteiramente o que dizes!
ResponderEliminarObrigada
Um beijinho
M.