domingo, 19 de janeiro de 2014

Não sou comentadora, mas...



O que se passou no último debate na Assembleia da República foi assustador.
Tendo sido votado o possível referendo sobre a coadoção por casais do mesmo sexo, muitos deputados dos partidos do governo votaram, declararam eles, contra a sua consciência, mas unicamente porque lhes tinha sido imposta a disciplina de voto.
Então, meus senhores, são representantes do povo ou apenas da vontade, mais ou menos plástica, de um líder? E apresentam-se tantas vezes, perante os cidadãos comuns, como arautos da verdade!
Alguns deputados são tão novos que apetece dizer com ironia: “olha, como aprendeu a lição tão depressa!”
Para além da desresponsabilização dos governantes, agiganta-se a figura da voz única e da ideia de que “quem não está por mim está contra mim”.
Sobre estas questões já muitos se pronunciaram com mais ou menos profundidade. E muitos mais comentadores haverá a julgar, a defender, a desculpar, a criticar, a gesticular...
 Do que ainda não ouvi falar foi do tom, despoticamente autoritário, usado pelo presidente da assembleia da República, após a votação do referendo, e perante a reação das pessoas que se manifestaram nas galerias.
Se os manifestantes transgrediram regras, a voz ameaçadora do deputado, nas funções de presidente, também foi reprovável. Só faltava dizer: “tragam-me o chicote”.
Tivesse eu metade da idade que tenho e emigrava. Podia não ser bem sucedida, mas não veria as máscaras despudoradas de tantos políticos.







 

2 comentários:

  1. Subscrevo inteiramente.
    Esta democracia representada por badamecos, como alguns dos nossos deputados, não é representativa de coisíssima nenhuma, muito menos da consciência de se ser humano.
    É triste, é vergonhoso, é deplorável, é degradante.
    Política desta é bem pior do que a do "Animal farm" de Orwell.
    Um referendo para decidir a educação de crianças, algumas das quais com o amor, o cuidado e a atenção com que dois seres do mesmo sexo lhe dão?!!!!
    Em que escola(s) andaram estes deputados?! Que valores lhes ensinaram?!
    Por mim, faria sim senhor um referendo para se decidir se deputados destes merecem continuar no parlamento.
    Triste... muito triste.

    ResponderEliminar
  2. Também subscrevo inteiramente o que dizes!
    Obrigada
    Um beijinho
    M.

    ResponderEliminar