- Já agora, doutor, e já que estou aqui, o meu filho não come nada de jeito. Só quer porcarias.
- Como assim?
- Só bebe coca-cola e não quer comida de panela. Só cachorros, bolos, comida embalada, etc. Tenho de ter sempre essas coisas em casa.
- O melhor, então, é deixar de comprar isso e preferir outros alimentos mais saudáveis.
- Mas é do que ele gosta e não quer outras coisas. É raro sentar-se à mesa sequer.
- Que refeições fazem em conjunto?
- Não temos esse hábito, doutor. Cada um vai comendo quando tem fome. Também só à noite é que estamos todos.
- Podem então comer juntos e à mesa.
- Eu também não gosto de me sentar à mesa, sabe, doutor. Assim, eles não veem que fico sem jantar porque as posses são poucas.
São desafios que precisamos ajustar, para conseguirmos ligar a vida saudável com a sociabilidade familiar.
ResponderEliminarÓtimo texto ;)
Forte abraço
Obrigada, amigo Calebe. Este caso não é único, infelizmente, e, assim, o diálogo torna-se muito difícil.
EliminarGrande abraço
Fiquei em intensa e profunda reflexão.
ResponderEliminar.
Saudações poéticas.
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Pensamentos e Devaneios Poéticos
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Bom dia, Ricardo. Há muitas dificuldades em muitas famílias e a incomunicação é uma delas.
EliminarUm abraço.
Boa tarde
ResponderEliminarVerdades que custam muito a dizer e muito mais aceitar.
JR
Sim, não deve ser nada fácil, sobretudo se os hábitos se vão instalando, nem sempre saudáveis para o corpo e para a mente.
EliminarBoa noite, Joaquim
Sou crente que, se a criança fosse "obrigada" a comer a dita "comida de panela", seria possível juntar mãe e filho à mesa, os dois jantando. Porque coca-cola, bolos e mais deste teor, saem mais caro que uma panela de sopa que esticava numas seis refeições (três para cada um). E até talvez sobrasse um dinheirinho para conduto ou fruta, que a sopa é curto alimento para o filho que cresce e a mãe que trabalha. Onde é que vive essa senhora que vou lá dar-lhe uma mãozinha na poupança e na educação alimentar do garoto. No campismo, se desconfiávamos que a refeição era curta, passavam-me logo a distribuição. Que me lembre não houve milagres:).
ResponderEliminarE muito importante também seria que a família desse exemplo de se sentar à mesa, conversassem mais e gerissem melhor o orçamento familiar que, pelos vistos, é curtinho, mas mais curto fica com tanta comida de plástico nada barata. E imagino também a quantidade de embalagens pelos cantos.
ResponderEliminarSeria bem bom esse aconselhamento simpático e sensato. E, se calhar, se ela pudesse falar, contar as mágoas, ter quem a ouvisse até lhe organizava a mente e a vida.
Uma noite boa, Bea.
Hummm....pensei eu que a família eram mãe e filho. De toda a maneira, numa família vulgar, a mãe é que cria hábitos como sentar à mesa na hora das refeições. Tem razão, Maria, os problemas postos em palavras e comunicados, se mais não forem, quedam menos opacos. Não sei se será uma questão de organização mental (em alguns casos é bem possível), julgo sobretudo que alivia a alma. Pode até nada mudar, que ter companhia neles é já muito. Mas deixemos os nós nos seus lugares. Amanhece. E as manhãs saboreiam-se enquanto estão limpas, como casa onde se prendem cortinas para permitir a entrada da luz solar ainda ingénua, sem a contaminação do dia; mais tarde, hão-de velá-la. Mais tarde...
ResponderEliminarBom Dia:)