Ela pediu-me a receita da minha sopa. Respondi-lhe que dependia dos vegetais que tinha em casa. Como vi na cara dela que eu estava a ser muito vaga, porque não tinha o hábito de fazer sopa, expliquei-lhe que às vezes faço com refogado, ao qual junto abóbora, batata doce ou outros vegetais. Quando está tudo cozinhado, passo com a varinha mágica e junto couve, repolho ou outras verduras.
Ah, e gosto muito do feijão. Faz-me lembrar o Brasil - acrescentou.
Sim, costumo juntar ainda um pouco de feijão cozido.
Outras vezes - disse eu - faço um creme de legumes, pondo-os todos cortados na panela ao mesmo tempo, cobrindo com água e deixando cozer.
Voltou a elogiar a sopa: é muito boa e tem muita vitamina - disse ela com o seu sotaque.
Estou eu a falar de sopa num dia em que um dos políticos mais cínicos da atualidade exerceu a sua prepotência e invadiu o país vizinho, a Ucrânia.
Com medo, muita gente vê-se na obrigação de fugir. Sem qualquer aconchego. Nem de uma sopa.
Todos os dias o meu jantar é composto por um prato/tigela de sopa. Ao almoço não, rsrsr.
ResponderEliminar.
Saudações cordiais e poéticas
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Pensamentos e Devaneios Poéticos
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Eu ainda não me habituei a ter um jantar assim, mas qualquer dia vou tentar.
ResponderEliminarDecisões bem mais complicadas terão de tomar, por estes dias, muitos refugiados ucranianos. Oxalá as coisas melhorem ou, pelo menos, não se agravem.
Boa 6ª f.
Boa tarde
ResponderEliminarGosto muito de sopa, de preferência sem falar e com muitos legumes. Já da guerra, acho que quem gosta não devia ser digno ar que respira.
JR
E o pior é que, por vezes, uma guerra acontece sobretudo pela loucura de um homem, como parece ser o caso.
EliminarUma boa noite, Joaquim
Ou até um chá quente. Mas dá-me revolta e pena dos que sofrem inocentemente.
ResponderEliminar-
"Existem gritos que matam..."
Bom fim de semana, e que a Paz se instale!🙏
Beijos
Oxalá que sim, Cidália, e que o mundo conheça melhores dias.
EliminarUm abraço
E os soldados russos terão sopa para comer? Longe das mães e das mulheres, que sabe Deus quantas orações já rezaram para que a paz volte depressa e os traga a casa sãos e salvos, não se podendo elevar contra a vontade de um déspota, tirano e louco. Boa tarde Maria Dolores.
ResponderEliminarTem razão, Joaquim. Referia-me aos ucranianos que se veem obrigados a deixar as suas casas por causa dos ataques, mas, de facto, não podemos esquecer os soldados que, de um lado e do outro, cumprem ordens que nem sequer podem questionar, e que ficam com as vidas por um fio. Que, num instante, rebenta.
ResponderEliminarUma boa noite, Joaquim
Os dias enchem-se de guerra. Pela TV. De comentários e comentadores. De futurologia e receio. É o pior remate para o covid.
ResponderEliminarFala-se a todo o momento das baixas na Rússia que a Ucrânia proclama. Mórbidos, assistimos ao sofrimento dos ucranianos. Do lado russo, silêncio. Livrar de cão que não ladra. Porque os ucranianos continuam sozinhos.
E sentirem-se sós não é menor sofrimento. Acho que é bom estarmos informados, mas oxalá não se comece a encarar esta guerra como episódios de uma série.
ResponderEliminarE, tal como os cães que não ladram mas mordem, o poder russo não fala e quem não tem poder também não o pode fazer.
Sim, a seguir ao covid, a guerra (palavra que, dizem, passou a ser proibida na Rússia) é do pior que podia acontecer. O mundo continua a olhar, sem saber até quando.