terça-feira, 10 de novembro de 2020

A VIDA MENTIROSA DOS ADULTOS - ELENA FERRANTE



São 292 páginas, divididas em 7 capítulos, que, se houver tempo, se leem, por livre vontade, em poucos dias. Sobretudo quem aprecia o desenrolar da história, em detrimento do prazer do texto ou das reflexões nele contidas.

A capa, logo que a vi,  criou-me um certo desconforto e até relutância. Porém, compreendi-a à medida que avançava na leitura.

A história decorre na cidade de Nápoles. Duas famílias da classe média têm fortes laços de amizade e de trabalho. As três crianças dessas famílias crescem muito próximas.

A mais velha, adolescente, para além de ir descobrindo a vida, a sexualidade, o amor, o desamor, depara-se também com problemas familiares, impensáveis na sua infância.

Giovanna, a adolescente, e Vittoria, uma tia, têm um papel preponderante na história - pelas semelhanças entre ambas; por situações, umas caricatas que fazem rir, outras comoventes até às lágrimas, em que há aproximações e recuos, abraços e incompreensões, procura e afastamento, palavras doces ou rudes...

Se a história tivesse som, tanto ouviríamos fortes ruídos como sentiríamos pesados silêncios, mas sempre com vivacidade narrativa, embora o mundo apresentado, na minha opinião, seja bastante restrito.

Elena Ferrante, a escritora italiana, cuja identidade é um enigma, mais uma vez, escreve de maneira torrencial. 

Se tivesse de apanhar estrelas para avaliar esta obra, bastar-me-iam três.

 

 Partilho também uma das páginas do livro:





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