À meia-noite,
as luzes do corredor apagaram-se. De um quarto ao lado, uma voz masculina
chamava por Maria. De outros, vinha o pesado silêncio adormecido pelos medicamentos.
A campainha
buzinava insistente na noite, confirmada pela nesga da janela que deixava ver
uma árvore envolta em densa e cinzenta neblina.
Quase todos os
doentes dormiam. No computador, registavam-se os cuidados.
Passaram duas
auxiliares. Uma delas disse:
“O meu filho
gosta muito da educadora. Perguntei-lhe: Porquê? E ele respondeu-me assim: Ó mãe, porque diz coisas felizes!"
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