As duas
adolescentes chegaram à hora prevista. Era manhã de sábado e tinham combinado
com a professora ensaiar a leitura de um excerto de O tesouro, de Maria
Clara Miguel, para lerem na apresentação do livro.Vinham nervosas, preocupadas em
ler bem. E se se enganavam? A professora tranquilizou-as: liam muito bem. Tinham
uma bonita presença. Iam gostar da experiência de lerem na Biblioteca
Municipal.
De tarde,
também à hora marcada, chegaram, segurando o texto dentro de umas capas da mesma cor.
Uma das leitoras trazia uma trança, a outra, o cabelo bem liso. Ambas, a clara graça de quem olha o presente com vontade de futuro. Sentaram-se de
novo a preparar melhor a leitura do texto, antes da sessão começar.
A professora
olhava-as com orgulho e carinho. Via nelas bons sinais de quem trabalha e se
esforça para conseguir algo e de quem vai aprendendo a partilhar a beleza dos momentos que surgem e não se desperdiçam.
Antes da sessão, levantaram-se e saíram, dizendo que não demoravam nada. Chegaram com duas rosas: uma para a escritora, a outra para a professora.
O que ia acontecendo era um tesouro, convocado pelo livro.
Comentário:
Comentário:
Duas
lindas leitoras, que souberam estar à altura da situação: com boa
leitura, com boa imagem e com um "savoir faire" social e afetivo que
deixou toda a gente 'touchée', ao ofertarem flores a quem as merecia
neste dia. em Para a C. e para a D.
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às 22:58
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Duas lindas leitoras, que souberam estar à altura da situação: com boa leitura, com boa imagem e com um "savoir faire" social e afetivo que deixou toda a gente 'touchée', ao ofertarem flores a quem as merecia neste dia.
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