Pouco devia passar dos cinquenta
anos. Era professora de Biologia e assessora da direção da escola.
Dominava muito bem as regras do ensino à noite. E também conhecia muito bem os alunos. E os seus diferentes casos: as disciplinas que cada um devia frequentar, os exames que cada um tinha de fazer, as matrículas que cada um tinha de renovar…
Dominava muito bem as regras do ensino à noite. E também conhecia muito bem os alunos. E os seus diferentes casos: as disciplinas que cada um devia frequentar, os exames que cada um tinha de fazer, as matrículas que cada um tinha de renovar…
Ela demonstrava gostar muito da escola à noite. Que conhecia
tão bem como as suas mãos. A doença começou a ameaçar tirar-lhe a vida. Ela foi
resistindo e lutando. O sorriso mantinha-se aberto e franco.
Toda a dedicação dela agora é memória, porque partiu em dia
cinzento e frio.
E penso nos meus colegas, nos meus amigos e concluo que a
morte, para além de toda a tristeza que convoca, ensina também a celebrar melhor a
Vida.
Para mais um em memória...
ResponderEliminarhttp://carruagem23.blogspot.com/2012/02/depois-de-sabado.html
Vítor, belo e breve é o teu poema. Calma e doce é a imagem. Felizmente a arte ajuda a tornar tudo menos efémero.
ResponderEliminarUm beijinho
Dolores