Neste dia, os elogios à seleção portuguesa ainda se ouvem. E ainda bem, apesar das incontáveis fortunas que o futebol mobiliza.
A vitória veio também do trabalho persistente e do esforço para vencer e isso é bom, não só pela alegria coletiva (e tanto precisamos dela!), mas também porque dá exemplos às novas gerações. Muitas figuras públicas são conhecidas de todos não porque ajudam a Humanidade, mas pelo que fazem para manipular os outros e assim aumentarem o seu poder. Por isso, bons e estimulantes exemplos são bem-vindos.
Camões, que viveu no século XVI, não foi indiferente a temas que ainda persistem de forma notória: ambição, vaidade, falsidade…
Daqui a pouco, nos discursos públicos e políticos, surgirão, por certo, citações de versos do nosso Épico. Mais valia não os encaixarem tanto neste Dia e dar mais relevo à cultura no dia a dia.
Julgo que as cerimónias públicas deste 10 de Junho começam às 10,30. Gostava de ver e ouvir sobretudo Lidia Jorge, personalidade que muito aprecio e de quem já li alguns livros.
Vejamos se as cerimónias públicas serão uma mais-valia para todos, dentro e fora do país. Nem que fosse um grão de areia.
E vejamos se os estrondos ou pesados silêncios diários, que lembram tanto desconcerto do mundo’ de que Camões também falou, se atenuam um pouco, mas deve ser difícil pelo que se vê e escuta.
Hoje, aqui pelo Norte, também se prevê muito estrondo de trovoada. Pudesse, no final de tantas tempestades, vir a bonança. De que o mundo tanto precisa.
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