A menina foi aos Estúdios do Harry Potter, em Londres, e saiu de lá muito desiludida: afinal, a magia presente nos livros e filmes não era magia verdadeira, era fabricada. Foi penosa a descoberta. Ao ouvi-la, a mãe interrogou-se se não tinha sido melhor terem deixado a visita para muito mais tarde. E ficou desiludida consigo própria pela opção.
E como a desilusão até nas cerejas existe, lembrou-se do que tinha ouvido dizer a alguém muito próximo há longos anos e com séria aspereza: Desiludiste-me.
Era das piores críticas que se podia ouvir.
Enquanto jantavam, a menina e a mãe, cada uma à sua maneira, pensavam na desilusão mais recente. A menina porque era a primeira vez que via a sua verdade interrompida; a mãe porque comparava a desilusão à fria e indesejada solidão.
No final da refeição, a menina falou, já não sei a que propósito, do Pai Natal, em quem sempre tinha acreditado. E em quem continuava a crer.
A mãe sorriu e nada disse. Deixaria as palavras para quando a desilusão chegasse mais veloz do que um trenó ou de qualquer truque mágico do Harry Potter.
Só não sabia era quando.
Bom dia
ResponderEliminarA ilusão é um sentimento que se vem a desvanecer com a desilusão e não é só nas crianças mas no dia a dia de cada um principalmente com as pessoas que nos desiludem a cada dia depois de criarmos uma grande ilusão das mesmas .
JR
Só se desilude quem um dia se iludiu.
ResponderEliminarMas quem não se ilude, quando se é menina e moça?
Exista ou não, Magia nos Estúdios onde ela se fabrica, o que importa são as emoções sentidas quando as imagens desfilam na frente dos nossos olhos. Na vida, temos momentos para tudo, é preciso é dar tempo ao tempo e deixar que o tempo nos amadureça e fortaleça.
Um abraço. :)
Quando as crianças se sentem enganadas é muito mau :))
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Soltam-se raios de sol pelas fendas da manhã
Beijos. Bom fim de semana.
Harry Potter ... a lenda (saga) continua...
ResponderEliminar.
Feliz fim de semana … Cumprimentos poéticos
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Pensamentos e Devaneios Poéticos
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Sair do pensamento mágico para a realidade dói sempre um bocadinho. Mas também é necessário. Contudo, o "desiludiste-me", é forte. Porque é mais do que "não sobrou nada de ti", é um "no teu lugar está a desilusão que causaste". É forte. Mas é verdade que, em algum momento, conhecemos a desilusão e até que aprendemos a conviver com ela. A que acontece nos outros e nós provocámos; e a que eles provocam em nós. A relação entre as pessoas é uma provocadora. Mas quem, ou o que, seríamos sem ela.
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