Cheguei, de metro, à estação do Dragão, no Porto. Pensava
que logo haveria táxis, mas enganei-me: não vi táxi nenhum. Passava uma
mulher jovem. Perguntei-lhe onde poderia arranjar um táxi. Disse-me, com um
sorriso: um pouco mais acima, mas como a mala é grande, se quiser, posso chamar
o meu marido que é taxista.
Disse-lhe que sim. Pegou no telefone e referiu a
situação. Luís, o marido, logo mandou um táxi. Ela disse que esperava comigo
porque, assim, seria melhor o reconhecimento. E falámos. Era de Gondomar. O
tempo tinha estado mauzito para ir à praia. Mas, felizmente, o mar não fica
longe...
E o táxi chegou. Agradeci-lhe a simpatia (embora sabendo
que ter arranjado uma cliente para o táxi também lhe tinha dado jeito).
Perguntei-lhe o nome. Rosalinda.
Então, foi uma Rosa Linda que me apareceu na hora
certa.
E ela abriu ainda mais o sorriso.
Lembrei-me de uma ideia de Mia Couto: há menos pessoas
más do que muitas vezes se julga.
Ainda bem.
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