sexta-feira, 28 de agosto de 2015

Rosa Linda



Cheguei, de metro, à estação do Dragão, no Porto. Pensava que logo haveria táxis, mas enganei-me: não vi  táxi nenhum. Passava uma mulher jovem. Perguntei-lhe onde poderia arranjar um táxi. Disse-me, com um sorriso: um pouco mais acima, mas como a mala é grande, se quiser, posso chamar o meu marido que é taxista.
Disse-lhe que sim. Pegou no telefone e referiu a situação. Luís, o marido, logo mandou um táxi. Ela disse que esperava comigo porque, assim, seria melhor o reconhecimento. E falámos. Era de Gondomar. O tempo tinha estado mauzito para ir à praia. Mas, felizmente, o mar não fica longe...
E o táxi chegou. Agradeci-lhe a simpatia (embora sabendo que ter arranjado uma cliente para o táxi também lhe tinha dado jeito).
Perguntei-lhe o nome. Rosalinda.
 Então, foi uma Rosa Linda que me apareceu na hora certa.
E ela abriu ainda mais o sorriso.
Lembrei-me de uma ideia de Mia Couto: há menos pessoas más do que muitas vezes  se julga.    
Ainda bem.



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