Hoje, 17 de junho, dou comigo a (re)pensar no ano
letivo, que está a terminar.
Como sou um ser comum, ocorrem-me palavras comuns: parece que foi ontem que começou e já
estamos no fim.
Turmas que eu não conhecia, uma outra que já trazia do 10º ano. Esta última com exame
do 12º ano. Amanhã. Meninos, atenção aos argumentos. E aos exemplos.
Apresentem-nos com objetividade e clareza. Não escrevam nas margens. A letra
deve ser legível. Não se esqueçam de dividir o texto argumentativo em
parágrafos. A estrutura também conta. Não escrevam frases demasiado longas,
perdem a coesão. Aproveitem o tempo. Deem o máximo. Têm dúvidas?... Ficarei
muito feliz se tiverem bons resultados. E vocês também, é claro. E os vossos
pais. Não venham para o exame sem tomar o pequeno-almoço…
As turmas do 10º ano: tão diferentes. E tão iguais
na alegria, nos sonhos, no entusiasmo: Ai que fixe, setora, irmos ao Parque dos Poetas. E solidários, quando tantas
vezes parecem esquecidos os valores: ó setora,
estamos consigo.
As idas frequentes ao hospital para estar contigo.
Para te dar algumas refeições. Para saberes que estava sempre contigo e que
compreendia as tuas dores. Para além de termos nascido do ventre da nossa mãe,
tínhamos gostos comuns: sobre livros, sobre lugares, sobre filmes, sobre
políticos, sobre o clube de futebol…
Estava contigo quando o fio da vida se foi apoucando
até se romper. Foi numa tarde de maio, havia muita luz lá fora e, de repente, o
tempo ficou quieto pela inquietude de tantos porquês.
O livro de contos que vi amadurecer. Como planta que
se semeia e, sempre acompanhada, ajudamos a dar frutos. Histórias com um livro dentro foi uma das meninas dos olhos da nossa
Oficina de Língua da ESG, porque reúne contos de alunos, professores,
funcionários e encarregados de educação. E desenhos de meninos do 7º ano. E
muita colaboração. E muito brilhozinho
nos olhos.
Nos últimos dias, as reuniões de avaliação. Estarei
a ser justa? Estarei a ajudar a abrir caminhos para que cada aluno se vá
desenvolvendo como um ser humano feliz e útil à sociedade?
E já hoje é outro dia.
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