terça-feira, 10 de julho de 2018

"Na Praia de Chesil"


É um filme que tem alguns ingredientes de que gosto: belas paisagens, uma história bem contada e com muita humanidade dentro, sentimentos fortes, artes como a música ou pintura, guarda roupa bonito, etc.
A história passa-se em 1962 e estende-se até outras datas assinaladas: 1975 e 2007.

O mar banha a praia de Chesil (na costa sul da Inglaterra), de imensas e pequenas pedras que são calcorreadas, em diferentes circunstâncias, um par de vezes pelo jovem casal (Florence e Edward) que acaba de se casar. 
A noite de núpcias é passada num hotel e o diálogo entre ambos revela medos, preconceitos, boas e más memórias, dramas familiares, desconhecimento da vida a dois, etc. O presente vai sendo complementado com imagens do passado que também justificam atitudes drásticas de desajuste sexual.

Ainda estava longe a libertação que muitos movimentos sociais e artísticos foram introduzindo.
Para a maioria dos jovens de hoje seriam inenarráveis os entraves mostrados à consumação do casamento e geradores de improváveis soluções.

A caracterização é fabulosa, sobretudo no final do filme, estando vincadas as marcas do tempo, apesar de a memória conservar um amor que parece ter durado sem qualquer disfarce artificial.


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