sábado, 9 de fevereiro de 2013

"O meu coração está a mil"

Hoje, logo pela manhã, fui comprar pão e o jornal. Entrou uma jovem na confeitaria e pediu : "meia de leite escura e um pão de água claro". De dentro do balcão, alguém diz: "vens com pressa!" (não sei se se disse "carago", como, nestes casos, costuma ser comum remate de frase).

A jovem, olhando para o pão e para a chávena, já em cima do balcão, acrescentou "o meu coração está a mil". E explicou as razões. Tinha entrado ao trabalho às sete da manhã e ainda não tinha parado nem um minuto. Só agora fazia uma pausa, mas tinha de ser rápida.

Os outros clientes iam entrando e saindo, enquanto a jovem  falava e tomava o pequeno-almoço.

Saí depois de comprar o pão. Daí a pouco, depois de ter sentido o frio agreste mas ensolarado da manhã, eu estava em casa a pôr o café na cafeteira, a abrir o frasco de doce e amiga compota de laranja e a sentir nos dedos o pão ainda morno.

Felizmente, hoje, sábado, sem ter "o coração a mil". Felizes contrastes?


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