quarta-feira, 16 de novembro de 2016

Apetece-me chorar, disse ela.

Ela sempre gostara de jardinar, de plantar, de semear, de colher, de guardar as sementes...
O jardim estava viçoso, a horta, sempre com hortaliças verdes da época. Para não falar das árvores de fruto que eram acarinhadas e seguidas como se de pessoas se tratasse.
Paralelamente à família, as flores, os frutos, as hortaliças assumiam estatuto de relevante prioridade. Para que nada lhes faltasse. Tal como os humanos, precisavam de viver para que se prolongassem outras vidas.
O que a natureza produzia sempre foi para ela um dos bens mais sagrados da vida. Como a água ou a chuva quando necessária.
O tempo foi passando; a vida, trazendo dores nas pernas e articulações e ela teve de ir escasseando esses trabalhos. Com dor.  Com muita dor. Com saudade, Com muita saudade.
Um dia, pegou na bengala e foi até ao terreno, onde havia plantado árvores, onde tinha lançado sementes no tempo certo, onde tinha enchido cestos no tempo das colheitas...
Ficou parada a olhar e disse:
-Apetece-me chorar, porque queria continuar a trabalhar e já não posso.
E, apesar do verão de S. Martinho, a natureza parecia compreender.


segunda-feira, 14 de novembro de 2016

Natural outono



domingo, 13 de novembro de 2016

Nas Galerias Lumière, dia 24, às 21.30

Desnecessárias seriam as pipocas!!!

sábado, 12 de novembro de 2016

Leonard Cohen - Divinamente eterno

sexta-feira, 11 de novembro de 2016

Há homens que (ainda) não deviam morrer!

LEONARD COHEN (1934-2016)

quinta-feira, 10 de novembro de 2016

Saber e fazer bem!


quarta-feira, 9 de novembro de 2016

Um sim ou um não?

Trump ganhou as eleições de ontem  nos Estados Unidos. Contrariamente às previsões. Contrariamente às sondagens. Contrariamente a todos os apelos de figuras públicas. Contrariamente a meios de comunicação social que decidiram tomar posição contra o candidato.
Ganhou, apesar das mentiras, apesar do racismo, apesar da fuga aos impostos, apesar do desrespeito pelas mulheres, apesar da mente fechada ao novo mundo, apesar da ausência de ideias...
Mesmo assim, venceu as eleições até em estados onde seria improvável ganhar, como a Florida.
Milhões e milhões de eleitores deram-lhe um sim, pretendendo, por certo, vincar um não a tantas políticas e políticos que tanto mal fazem e que tantos bens recebem por esse mundo fora, incluindo Portugal, é claro.
Pior lição era impossível.

sexta-feira, 4 de novembro de 2016

Camden Arts Centre no outono



Amanhecer



segunda-feira, 31 de outubro de 2016

Beautiful autumn


O Sol - cá e lá

Em West Hampstead, nos arredores de Londres, apesar de ser uma zona residencial, as esplanadas dos cafés e dos pubs têm sempre muita gente, sobretudo ao fim da tarde.
Em Portugal, já se vai seguindo o modelo de estar ao ar livre ainda que o sol não brilhe. Poderá ser um sinal de que todos os dias e todos os momentos podem ser importantes para desfrutar da vida, tanto pelo trabalho como pelos momentos de lazer.
É bom ver famìlias, grupos de amigos ou pessoas sós a saborearem um petisco ou uma bebida com tempo para olhar a vida nos olhos.
Voltando a West Hampstead, como o sol não é tão abundante como em Portugal, qualquer sinal de bom tempo é logo bem aproveitado nos pequenos parques que existem. Quanto aos bebés, a avaliar pelo número de carrinhos que os transportam ou passeiam, são bem mais numerosos que em Portugal. Mesmo a chover, ei-los nos carrinhos, bem agasalhados e bem cobertinhos com um plástico.
Apesar de tudo, a vitamina D é uma das carências no espaço londrino porque o sol é escasso. E o que é curioso é que em Portugal a falta dessa vitamina vai sendo também um problema comum.
Andaremos a desperdiçar o sol ou teremos de parar mais um pouco, sem pressas e olhando a Vida?

segunda-feira, 24 de outubro de 2016

Em visita à Muralha Fernandina - Porto



domingo, 23 de outubro de 2016

Porque hoje é domingo



 Se puder, consulte o blogue seguinte, 
oiça a canção seguinte
e não pense no dia seguinte.
Se puder, é claro, porque nem sempre o domingo é domingo!
 Bom descanso, se possível!

 https://isauraafonseca.wordpress.com/

In the lonely night
In the blinking stardust of a pale blue light
You're comin' through to me in black and white
When we were made of dreams.
You're blowing down the shaky street,
You're hearing my heart beat
In the record breaking heat
Where we were born in time.
Not one more night, not one more kiss,
Not this time baby, no more of this,
Takes too much skill, takes too much will,
It's revealing.
You came, you saw, just like the law
You married young, just like your ma,
You tried and tried, you made me slide
You left me reelin' with this feelin'.
On the rising curve
Where the ways of nature will test every nerve,
You won't get anything you don't deserve
Where we were born in time.
Bridge #2:
You pressed me once, you pressed me twice,
You hang the flame, you'll pay the price,
Oh babe, that fire
Is still smokin'.
You were snow, you were rain
You were striped, you were plain,
Oh babe, truer words
Have not been spoken or broken.
In the hills of mystery,
In the foggy web of destiny,
You can have what's left of me,
Where we were born in time.

Songwriter BOB DYLAN

quinta-feira, 20 de outubro de 2016

Quem o ouve dificilmente o esquece

Tem 42 anos, é natural de S. Paulo e esteve ontem à noite na Casa da Música.
Para além de ser um tocador exímio, parecia ser boa pessoa. Quando assim é,
a música ainda soa melhor aos nossos ouvidos.

SUMRRÁ por cá

Sumrrá é um grupo de jazz da Galiza. Tocam juntos há 16 anos.
Estiveram ontem à noite na Casa da Música.
O público gostou, aplaudiu e eles mostravam a satisfação
de quem faz um trabalho sério e com intensa paixão.

terça-feira, 18 de outubro de 2016

Carpe diem!

domingo, 16 de outubro de 2016

PROJETO S.O.S. RACISMO - "Não engolimos sapos"

V
Vou por vezes a uma padaria que tem um sapo à porta. Confesso que desconhecia a simbologia: afastar os ciganos.
Ainda bem que tive conhecimento da campanha de S.O.S.Racismo: "Não engolimos sapos".
Se continuar a vê-lo, de loiça e à entrada, talvez seja o momento de ir comprar o pão a outro lado.

DOCE DOMINGO

sábado, 15 de outubro de 2016

15 de outubro - Dia Mundial da Lavagem das Mãos


Prémio Nobel nos nossos ouvidos

Muito se tem dito sobre a atribuição do Prémio Nobel de Literatura a Bob Dylan.
 Como sempre acontece, há vozes contra e vozes a favor.
De facto, foi polémica esta escolha e confirma que "mudam-se os tempos, mudam-se as vontades"-
Na minha opinião, tem a vantagem de nos alertar para as letras das canções que, por vezes, têm mais qualidade do que muita poesia publicada em livro.
Neste contexto, haveria outros autores premiáveis:
 Sérgio Godinho, Léonard Cohen, Chico Buarque, Carlos Tê...
 
 Mas, confesso, o que me está nos ouvidos
é sobretudo a música de Bob Dylan e não as suas palavras.
Quando puder, vou lê-las, porque, felizmente, 
algumas delas estão traduzidas e publicadas no nosso país.